segunda-feira, 24 de novembro de 2014

ABECEDÁRIO DA BANDEIRA

ABECEDÁRIO DA BANDEIRA

    Augusta Bandeira Nacional. Brava gente brasileira. Crescente conturbação. Desrespeito desprezível aos olhos da Nação. Expressão da ordem legal. Força do progresso nacional. Grandeza imortal. Hasteada é harmonia. Idolatrada é Hino em poesia. Justificada é soberania. Laborada é pavimento da cidadania. Malversada é sentimento em sangria. Nomeada é Democracia. Ofuscada é rebeldia. Profanada é lesão. Queimada é funeral. Reclamada é Dever. Símbolo republicano da paz ameaçada em tempo real. Tangência militar e civil. Ultraje em prantos mil. Veleidade ardil. Xavante versus agricultor da pátria secularizada. Zênite da ocupação rural e urbana desordenada.
       Querido símbolo da terra, da disputada terra chamada Brasil!
       E a Nação dos filhos amados não suporta tamanha dor. Paira o desacato, sangra o amor. Pavilhão da justiça derradeira ou ira do agricultor sem defensor?
       Recebe o desafeto que se prolifera em indignação. Recebe o mandado que se reverbera em desocupação. Recebe o lábaro de um mesmo Cruzeiro estrelado. Recebe o brado de um mesmo povo brasileiro desalojado. Recebe o verso cadenciado em hino secular. Recebe o reclame em brado retumbante. Recebe a população em destino errante. Recebe o nativo e o migrante. Recebe o rebanho e a lavoura. Recebe o distrito e o povoado. Recebe o município mapeado. Recebe o Estado federado. Recebe o público. Recebe o privado.
      Olavo sem Bilac em nada obreiro. O lavrador em pleno embate derradeiro. A platéia sem tablado e sem picadeiro. A colméia transformada em vespeiro. A Pátria em nevoeiro constitucional. As reformas políticas dormentes aquém do Congresso Nacional. As demandas sociais prorrogadas. As instituições republicanas defasadas. As premissas constitucionais ignoradas. As chamas fragmentadas em cinzas sem qualquer fênix ou Brasão. A beleza da pátria apequenada nas cores desfiguradas da Bandeira incinerada no abecedário tremulante em Pendão. 19 de Novembro: Dia da Bandeira: Salve!

Airton Reis, professor, poeta e embaixador universal da paz em Mato Grosso. airtonreis.poeta@gmail.com

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