segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Brasil: Há solução!

    Uma causa política. Uma dívida pública. Uma carência social. Um patrimônio ambiental. Um pleito eleitoral. Uma disputa acirrada. Uma corrupção delatada. Um Palácio. Uma Alvorada. Uma bolsa. Um bolsão. Uma miséria. Uma população. Um circo sem lona. Uma mesa sem pão. Um ensino sem educação. Uma saúde sem prevenção. Uma vítima fatal. Uma insegurança banal.
    Um boletim de ocorrência policial. Uma investigação criminal. Um indiciado em tempo real. Um devido processo legal. Uma acusação. Uma defesa. Um tribunal. Um julgamento. Uma sentença. Uma prisão. Um presídio. Um presidiário. Uma ocupação. Uma obrigação. Um salário. Um direito. Um dever. Uma agenda. Uma arrecadação. Um plano. Um diário. Uma realização.
    Uma economia. Um País. Uma Democracia. Uma Constituição. Uma cidadania. Uma União. Uma liberdade. Uma igualdade. Um distrito. Um município. Uma cidade. Um estado. Uma região. Um litoral. Um sertão. Um planalto. Uma planície. Um campo cultivado. Um pólo industrial. Uma integração nacional. Uma rodovia duplicada. Uma ferrovia ampliada. Um porto fluvial. Um Congresso Nacional.
    Uma reserva mineral. Um extrativismo vegetal. Um crescimento sustentado. Um meio ambiente equilibrado. Uma paisagem natural. Uma Pátria continental. Um perímetro urbano. Um assentamento rural. Uma escola. Um hospital. Um ofício. Uma profissão. Uma infância. Uma juventude. Uma melhor idade. Uma aposentadoria. Uma dignidade.
    Uma verdade. Uma contradição. Uma calamidade. Uma improbidade. Uma reeleição. Uma baderna. Uma perna. Um pé de meia. Um braço. Uma mão. Uma boca. Um bocado. Uma toca. Um toco. Um trocado. Um canto de sereia. Um tucano em nada alado. Uma toga. Um togado. Um tribunal. Um tabuleiro. Uma ribalta em nada teatral. Um bueiro institucional.
    Um palito de fósforo riscado. Um isqueiro esvaziado. Um fogo alastrado. Uma labareda em chama ardente. Um incêndio inconseqüente. Um clima alterado. Um ecossistema ameaçado. Uma legislação indiferente. Um legislador ausente. Uma fauna em fuga. Uma flora acuada. Uma vereda sem água. Uma cacimba esgotada. Uma usina desligada. Uma torneira sem função. Uma chuva estimada para o próximo Verão. Uma sequidão. Um séquito. Um sultão. Um marajá. Um elefante em nada indiano. Uma casta real. Um castelo de cristal. Um mantra ocidental.
    Uma goleada inesperada. Uma tabela modificada. Uma onda. Uma enseada. Tem futebol? Tem sim senhor! Tem carnaval? Tem sim senhora! Tem cravo ferido? Tem rosa despetalada? Tem Noel! Tem Cartola! Tem Jamelão! Tem samba! Tem canção! Tem melodia! Tem compositor da cidadania. Tem intérprete da democracia! Tem Constituição promulgada! Tem pátria mãe nem sempre gentil. Tem pátria idolatrada em cantos mil. Tem Pátria Amada Brasil!
       Quem vem lá? Quem vai embora? Quando será banida a corrupção? “Esperar não é saber. Quem sabe faz a hora não espera acontecer”. Mesmo depois do governo atual, para o Brasil há solução! Vamos acertar ao escolher. Vamos ser vigilantes e vencedores. Vamos juntos conjugar o verbo solucionar. Vamos crescer, vamos prosperar. A hora é agora. Vamos somar para multiplicar. Vamos equacionar valores. Vamos dirimir penhores. Vamos eleger a novel presidente, os fiéis governantes e os ilibados legisladores.
Airton Reis, professor e poeta em Cuiabá-MT. airtonreis.poeta@gmail.com


Cáceres-MT: Futuro embrulhado para presente

     Papel metalizado. Laço de fita acetinado. Mimo embalado. Lembrança de um reduto eleitoral ignorado. Caixa de papelão reciclado. Vila em passado ilustrado. Marco histórico assentado. Município estagnado. Fronteira internacional. Porto do Pantanal. Meandro abandonado da Floresta Tropical. Cáceres terra natal. Cáceres, paisagem natural. Cáceres, poesia regional. Cáceres, parlamento estadual. Cáceres, diocese cristã. Cáceres conquista cidadã.
     Festa da democracia popular. Motivos para comemorar. Convidados e penetras diante do verbo legislar. Fome continuada de poder. Nome e sobrenome do dever. Famintos e saciados. Eleitos e empossados. Eleitores deveras empenhados. Clamores institucionais irmanados. Indicadores ambientais observados. Núcleos educacionais ampliados. Patrimônios históricos tombados. Uma cidade hospitaleira. Uma região mato-grossense. Uma terra brasileira. Uma classe social mais do que determinante. Um postulado político deveras representante.
     Bandeiras tremulantes. Cadeiras disputadas. Causas públicas postergadas. Vidas relegadas. Mais de uma Praça. Mais de um pracinha. A mesma valorosa e vigilante Marinha. O mesmo Batalhão. O mesmo GEFRON. A mesma ponte de um Progresso ampliado. O mesmo Oeste alijado do desenvolvimento dito sustentado. O mesmo povo esquecido. A mesma migalha de pão amanhecido. A mesma Ordem constitucional. Outras promessas esquecidas pelo governo estadual. Outros reclames emergenciais ecoados no Congresso Nacional.
     Oh, Cáceres do tempo passado glorioso e valente. Oh, Cáceres do tempo presente decadente. Oh, Cáceres do tempo futuro emergente. Oh, Cáceres de geração em geração. Oh, Cáceres de mão em mão. Oh, Cáceres de boca em boca. Oh, Cáceres de mazela em mazela. Oh, Cáceres em eterna sentinela. Oh, Cáceres em perpétuo Pavilhão. Oh, Cáceres em bis e refrão. Oh, Cáceres em verso que se faz melodia. Oh, Cáceres no reverso da Democracia. Oh, Cáceres nos lamentos de uma cidadania. Oh, Cáceres da liberdade nunca tardia. Oh, Cáceres da igualdade na Ordem do Dia.
      Cáceres princesinha do tempo imperial. Por ti, uma poesia advinda da inspiração casual. De ti, a nossa genealogia perpetuada em pia batismal. Contigo a nossa cantoria mais do que musical. Conosco o seu Hino, a sua Bandeira e o seu Brasão Municipal. Nesta eleição, transferimos o nosso título para a Capital. Todavia, na urna confirmaremos convictos por sua redenção política, econômica e social. Não migramos por deserção. Não fazemos rimas por distração. Queremos, por direito, por dever e por obrigação a sua inserção neste Estado federado. Estaremos sempre de prontidão por sua redenção antes, durante e depois de um pleito eleitoral informatizado. Continuamos seu filho aquém de um voto confirmado.
      No mais, Grande Cáceres, feliz aniversário em versos antecipados. No dia 6 de outubro, os nossos votos comemorados: Adriano Silva e Túlio Fontes, eleitos e futuramente empossados. Assim será! Com as bênçãos do Padroeiro São Luis, a nossa Cáceres das cinzas ressurgirá! Cuiabá-MT, 26 de setembro de 2014. Airton dos Reis Júnior, que assina Airton Reis.

Airton Reis, professor e poeta em Cuiabá-MT. airtonreis.poeta@gmail.com
LAURISTELA GUIMARÃES – ACRÓSTICO

Leitura em páginas ilustradas.
Amplitudes retratadas.
Universalidades.
Retratos paisagísticos.
Interior e Capital.
Sublimidade jornalística.
Tempo e espaço cidadão.
Emanação do verbo conservar.
Leste, Oeste, Norte e Sul.
Ampulheta do planeta azul.

Glossário da vida silvestre.
Unidade e pluralidade existencial.
Itinerário turístico catalogado.
Maravilhas de um Estado federado.
Antologia magistral.
Recantos verdejantes.
Alvoradas e poentes.
Estrela matinal: Revista Camalote, manancial...
Sinergia global: Mato Grosso, ambiente natural.
Poeta Airton Reis.

Cuiabá-MT, 23 de setembro de 2014.
Ideia sem acento

     A nova ortografia da língua portuguesa nem sempre é conhecida ou observada. A palavra colmeia não é mais acentuada. O mesmo acontecendo com a geleia de cunho natural. Regra a nós repassada em correção fraternal. Mas, o que podemos considerar oportuno diante de um período eleitoral? Será que saberemos eleger postulantes com a devida e com a precisa observância mais do que gramatical?
    Aonde o compromisso constitucional? Até quando o padecimento em lastro institucional? O social é um princípio político? A reeleição é uma causa partidária? A mudança advinda das urnas será temporária? A violência será imaginária? A corrupção é onda ou é enseada? A Casa é do Povo ou de uma classe capitalizada? O Palácio é de cristal ou de uma tribo outrora catequizada? Laranjeira é pé de laranja? Com quantos quilogramas de galinha se faz uma canja?
     Perguntas de respostas nem sempre evidentes ou mesmo imediatas.  Presidente ou “presidenta”? Vício de linguagem ou exceção? Faixa ou gesso da embromação? Cantoria da cigarra ou dona baratinha em plena hibernação? Pátria, País ou invenção republicana? Casca de abacaxi ou casca de banana? Frutaria francesa ou perfumaria em nada franciscana? Mel ou melado de cana caiana? Reputação ilibada ou má fama? Comédia (com ou sem acentuação?) ou dramalhão? Realidade ou ficção? Improbidade ou invenção? Carne assada ou churrascada numa mesma degustação?
     Responda você eleitor igualmente inconformado em mais de uma zona eleitoral. Responda você leitor de opinião publicada além da mídia virtual. Respondemos nós poetas articulistas em mais de um jornal circulante além desta Capital. Ah! Cuiabá! Oh Mato Grosso! Tanto concreto em tamanho alvoroço. Muita carne, pouco osso. Muitos grãos, tamanhas clareiras. Novas entradas, antigas bandeiras. Bandalheiras em bis e em refrão. Desrespeito mais do que cidadão. Verde desbotado. Lavanderia sem sabão. Enquanto isso, muita faca e pouco queijo parmesão.
     A goiabada continua sendo feita de marmelo. O prego jamais será sinônimo de martelo. O parafuso permanece sem rosca. A chave de fenda desapareceu num passe nem tão mágico assim. A moto serra continua ligada aquém de um jardim. Todo começo nem sempre tem um meio ou um fim. A cada tropeço, uma fortaleza de marfim. Lâmpada apagada. Lenda de Aladim. Tapete voador. Gênio nem tão genial. Gerúndio em tempo verbal. Casualidade mais do que mensal. Liberdade atrofiada em plena era digital.
      Afinal, em cada voto uma expectativa deveras fundamental. Afinal, em cada palavra a devida concordância nem sempre nominal. Do Mato Grosso, ou, de Mato Grosso você é natural? Para o Brasil ou para a classe empresarial? Para a educação ou para o ensino em tempo integral? Para a saúde ou para a prestação do plano assistencial?
     Continuamos em escrita publicada. A nossa palavra é a resultante de uma rima em mais de uma quadra. Enquanto isso, mais de uma quadrilha continua articulada. Enquanto isso, pedra de funda nem sempre é pelota de argila amassada. Enquanto isso, a eleição tem mais do que uma data oficialmente agendada. Oh! Pátria deveras idolatrada! Salve-nos do estouro da mesma manada. Livrai-nos da classe política mais do que mal intencionada. Abrigai-nos perante os mesmos capítulos de uma Constituição Federal mais do que promulgada. Antes, durante e depois de qualquer votação confirmada. Nesta ideia sem acento, e, em toda e qualquer urna apurada.
Airton Reis, professor e poeta em Cuiabá-MT. airtonreis.poeta@gmail.com



Tempo primaveril: Floresça Brasil!
      Uma clareira incontida. Uma desertificação anunciada. Uma pátria desgovernada. Uma sociedade esfacelada. Uma política capitalizada. Uma fome de poder perpetuada. Uma economia forçada. Uma saúde decadente. Uma educação incompetente. Uma segurança urgente. Uma semente germinada. Uma árvore tombada. Um mato sem cachorro. Um grito de socorro. Uma margem sem papel. Uma visão distorcida. Uma disputa acirrada. Uma terra devassada. Uma aeronave seqüestrada. Uma sociedade sem representação. Um país sem solução. Um ambiente deveras natural. Uma redoma institucional. Uma temporada eleitoral. Uma florada parcialmente polinizada. Uma colméia artificial. Uma geléia em nada real. Uma rainha sem zangão. Uma operária sem asas.  Uma larva sem progenitor. Uma atrofia sem legislador.
      Um santinho do pau oco. Um cantinho institucional. Uma flor despetalada. Uma promessa repetida. Um discurso encomendado. Um cargo pleiteado. Uma carga sem vagão. Um trilho sem estação. Um passageiro da agonia. Uma tripulação sem paradeiro. Uma névoa de fumaça. Uma trapaça orquestrada. Uma calamidade anunciada. Uma causa perdida. Um pleito disputado. Um eleitorado escolado. Um grilo falante. Uma grinalda em nada matrimonial. Um véu constitucional. Um viés emergencial.
      Uma casa sem botão. Uma barra sem costura. Uma manga sem camisa. Um colarinho sem entretela. Um cinto sem fivela. Uma saia rodada. Uma blusa cavada. Um colete salva vida. Um par de meias arrastão. Uma melindrosa de salão. Uma piteira sem fumo. Um rumo sem direção. Uma liberdade tardia. Uma igualdade sem hipocrisia. Uma prosperidade elencada na ordem do dia. Uma ordem deveras advinda da democracia. Um progresso sem qualquer cidadania. Um verso sem nenhuma poesia. Uma mordomia continuada. Um palácio de cristal. Uma cinderela adormecida. Um principado em nada medieval.
      Uma cruzada social. Uma encruzilhada política. Uma direção bifurcada. Uma estalagem passageira. Uma bandeira desfraldada. Um brasão timbrado. Um público acuado. Um Estado federado. Uma Constituição Federal. Um Poder dissimulado. Um Poder dissimulador. Um Poder enganador. Um Poder conflitante. Um Poder por princípio regenerador. Um Poder chamado eleitor. Um Poder de sucessor em sucessor. Um Poder empreendedor. Um Poder limitado. Um Poder agregador. Um Poder delegado. Um Poder verdadeiro. Um Poder brasileiro. Um Poder dogmático. Um Poder idealizador. Um Poder utópico. Um Poder em nada promissor.
      Pedro partiu para além dos mares navegados. Deodoro ficou a ver navios atracados. Brios invalidados. Brioches amanhecidos. Trios e fantoches articulados. Proclamados e proclamadores. Senhoras e senhores. Fardados e paisanas. Patenteados e naufragados. Nomeados e eleitos. Sujeitos empossados. Sujeitos deveras representados. Sujeitos dissimulados. Sujeitos ocultados. Sujeitos indeterminados. Sujeitos alijados. Sujeitos sorrateiros. Sujeitos pilhados. Sujeitos brasileiros.
      Verbos em mais de uma oração. Predicados da enganação. Substantivos da exclusão. Adjetivos censurados. Coletivos dispersos. Sinônimos da corrupção. Antônimos do voto livre, secreto e universal. Tempo verbal. Tempo criminal. Tempo de investigação policial. Tempo processual. Tempo Tribunal. Tempo real. Tempo pavimento nacional. Tempo pavilhão hasteado. Tempo grilhão acorrentado. Tempo acelerado. Tempo presente preterido. Tempo presidente. Tempo presidido.
      Quantas horas são? Quantos dias para a eleição? Quantas propagandas enganosas? Quantos cravos? Quantas rosas? Quantos contos? Quantas prosas? Quantos feridos? Quantos despetalados? Quantos milhões arrecadados? Quantos barões assinalados? Quantos infantes matriculados? Quantos enfermos não socorridos? Quantos votos validados? Quantos votos anulados? Quantos votantes esclarecidos? Quantas urnas sorrateiras? Quantas bandalheiras? Quantas lenhas? Quantas fornalhas? Quantas fogueiras? Quantas espigas? Quantos debulhadores? Quantas palhas? Quantos saques? Quantos saqueadores? Quantos crimes? Quantos horrores? Quantos leigos? Quantos doutores?
      Tempo futuro adiado. Tempo passado maculado. Tempo perdido. Tempo desperdiçado. Tempo cronometrado. Tempo legado. Tempo ventania. Tempo tempestade. Tempo improbidade. Tempo trova. Tempo trovão. Tempo teste. Tempo prova. Tempo cultura da enganação. Tempo da rasura. Tempo da improvisação. Tempo certeiro. Tempo ponteiro da exclusão. Tempo estudantil. Tempo primaveril: Floresça Brasil!

Airton Reis, professor e poeta em Cuiabá-MT. airtonreis.poeta@gmail.com
Vez das damas...

      É tendência. É mudança. É inovação. Elas em mais de uma opção. Elas postulantes em eleição. Elas no horizonte cidadão. Elas no vértice democrático do país, do estado, da federação. Elas preparadas para presidir e para governar. Elas conhecedoras do verbo legislar. Elas aqui. Elas acolá. Elas pelo Brasil. Elas por Mato Grosso. Elas por Cuiabá. Elas pela liberdade nunca tardia. Elas pela igualdade na ordem do dia. Elas pela solidariedade sem qualquer demagogia.
      Vontade, perseverança e determinação. Casualidade, fatalidade, substituição. Competência, probidade, capacitação. Famílias ampliadas em Nação republicana. Família rural. Família urbana. Família princípio, meio e fim. Família base, pavimento e ação. Família estabilidade, força e união. Família determinante. Família determinada. Família página desfolhada. Família memória ilibada. Família politicamente articulada. Família socialmente representada.
      Hora da virada eleitoral. Minuto do discurso em nada casual. Segundo das propostas em mais de um diferencial. Elas provedoras da ética em cabedal. Elas promotoras da integração regional. Elas em campanha política nem tão franciscana. Elas em promessas continuadas. Elas em propostas valorizadas. Elas em virtudes relevantes. Elas postulantes. Elas representantes do voto popular. Elas candidatas pela arte de presidir, governar e legislar.
      Damas de um tabuleiro chamado Brasil. Damas de um celeiro conhecido como Mato Grosso. Damas de carne e de osso. Damas de sangue e de coração. Damas da novel eleição. Damas prontas. Damas inacabadas. Damas em jogadas. Damas em jogo. Damas em disputas. Damas brutas. Damas polidas. Damas lapidadas. Damas com data, local e hora marcadas. Damas autênticas. Damas improvisadas. Damas previdentes. Damas destinadas.
      Água perene. Água superficial. Água intermitente. Água de nascente. Água de foz. Água veloz. Água parada. Água de lagoa contaminada. Água de córrego transformado em esgoto da população. Água termal. Água de ribeirão. Água de ribanceira. Água de estação. Água encanada. Água da população. Água potável. Água de erosão. Água da Primavera. Água do Verão. Água de chuva. Água de rio. Água de mar. Aguaceiro de par em par.
      Fogo aquém de um fogão. Fogo em braseiro incandescente. Fogo florestal. Fogo fumaça. Fogo cataclismo ambiental. Fogo Pantanal. Fogo Cerrado. Fogo Floresta Tropical. Fogo asfixiador. Fogo madeira clandestina. Fogo agricultura ampliada. Fogo clareira constatada. Fogo labareda em nada casual. Fogo impactante. Fogo alarmante. Fogo faísca. Fogo fagulha. Fogo ardente. Fogo inclemente. Fogo descomunal. Fogo foco fatal. Fogo fogareiro em território nacional.
      Pedras numa mesma caminhada. Pedregulhos de corredeira. Pátria brasileira. Fronteira internacional. Território continental. Sentinela e soberania. Vigilância guardiã em tempo real. Incumbência institucional. Vez das damas atuantes. Vez das damas representantes. Vez das damas mais do que qualquer esmola. Vez das damas sem nenhuma caraminhola. Vez das damas investidas de Poder. Vez das damas revestidas pelo dever.
      Elas por nós, eleitores sem voz. Elas por nós, professores relegados além do quesito salarial. Elas por nós, poetas em lastro cultural. Elas por nós, contribuintes sem saúde, sem segurança e sem educação. Elas por nós, cidadãos traídos em mais de uma ocasião. Elas por nós, habitantes sem moradia. Elas por nós, trabalhadores sem nenhuma garantia. Elas por nós, sem qualquer falácia ou falsidade. Elas por nós, em mais de uma representatividade.
      A lista é grande. O predicado é nominal. A honestidade é fundamental. Elas por elas é melhor do que qualquer indicação em nada medicinal. Elas por elas, é o Brasil feminino e plural. Elas por elas, é Mato Grosso além da capital. Elas por elas, é voto por voto sem remendo e sem costura superficial. Elas por elas, é ficha limpa abonada pela lisura em cabedal. Elas por elas, é mais do que qualquer propositura eleitoral.
      Entre elas, o Poder além de uma decisão. Entre elas, o povo acuado em mais de uma arbitrariedade repleta de indignação. Entre elas, o joio e o trigo da sociedade em perpetuada construção. Entre elas, a massa e o pavimento em sólida edificação. Entre elas, o público e o privado. Entre elas, o voto validado. Entre elas, protagonistas e figurantes. Entre elas, seixos rolados, pepitas e diamantes. Entre elas, garimpeiros e ourives de um mesmo império mais do que capitulado. Entre elas, mais do que um ente federado.
      Estejamos atentos. Por vezes, de um nome advém um sobrenome imerso em improbidades. De uma lacuna social surgem diversas prioridades. De urna em urna, o mapeamento político das nossas emergenciais necessidades. Por fim, que elas digam a que vieram. Se for para tamparem o Sol com a mesma peneira, que permaneçam contando estrelas de grandezas variadas. Se for para ouvirem a voz do povo, que as urnas registrem e confirmem as vitórias mais do que almejadas.
      Por hora, a campanha eleitoral segue acirrada. Por minuto, as vantagens nas pesquisas se acentuam sem qualquer carta marcada. Por segundo, as candidatas crescem como alternativa de alternância do Poder além do Palácio da Alvorada. Opinião publicada. Vez das damas, sem dramas e sem dramalhões. Vez das damas, sem mentiras e sem violações.
Airton Reis, professor e poeta em Cuiabá-MT. airtonreis.poeta@gmail.com


Conto de aprendiz...

Conto de aprendiz...

      Voz de assalto. Alta e baixa repercussão. Crimes corriqueiros de uma Nação. Criminosos de plantão 24 horas por dia. Centro urbano e periferia. Moradia e moradores. Paróquia e estabelecimentos comerciais. Ai de ti petróleo nacional mais do que escavado! Ai de nós eleitores alistados de um tempo conturbado! Ai de vós Estado mal governado! Ai de ti público devassado! Ai de nós alvo privado! Ai de vós Congresso Nacional deverás blindado! Ai de ti Palácio em Alvorada sorrateira! Ai de nós habitantes de uma mesma fronteira! Ai de vós roedores sem qualquer ratoeira! Ai de ti Pátria brasileira!
      Crime organizado. Crime continuado. Crime ostensivo. Crime camuflado. Crime dano. Crime lesão. Crime corrupção. Crime lesa pátria. Crime lesa majestade. Crime impunidade. Crime quadrilha. Crime bando. Crime associação. Crime sangria. Crime pirataria. Crime leite derramado. Crime infante armado. Crime infância perdida. Crime cidadania esfacelada. Crime causa. Crime caso. Crime efeito. Crime perfeito. Crime sujeito. Crime leito. Crime eleitoral. Crime pontual. Crime interior. Crime capital. Crime público. Crime prevaricação. Crime improbidade. Crime reincidente. Crime publicado. Crime solucionado. Crime arquivado. Crime comoção social. Crime manchete de jornal.
      Grito de uma independência que nunca aconteceu. Epitáfio de uma morte para quem ainda não morreu. Goleada além da camisa de quem perdeu. Escalada em encosta acidentada. Trocas e trocadilhos em trovas e em trovões. Brocas, brocados e brasões. Ordem em convulsões. Progresso em recessões. Calamidades decretadas aquém das páginas de opiniões. Variantes e variações. Comandantes e comandados. Postulantes e postulados. Votantes deveras representados. Pagantes alistados. Farsantes aliados. Protagonistas repetidos. Figurantes disfarçados. Votos dispersos. Votos concentrados.
      Banana verde ou banana madura? Bananada ou banana maçã envenenada pela madrasta da lisura? Banana de dinamite ou banana “split” em inglês sem tradução? Banana nanica ou banana da terra em mais de uma degustação? Banana prata da casa ou banana ouro da reeleição? Banana mico leão dourado ou banana macaco aranha desgalhado? Banana voto amadurecido ou banana voto amassado? Banana em adjetivo frugal ou banana em predicado nominal? Banana “Chiquita Bacana” ou banana chiquitana? Banana republicana sim senhora e sim senhor. Banana que já deu cacho. Bananeira nas mãos de mais de um agricultor.
      Para quem vai o troféu do melhor legislador? Quem sobe no pódio do povo trabalhador? Curvas e derrapagens. Batidas e colisões. Pneus trocados. Pista escorregadia. Circuito cronometrado. Ayrton com “Y”, acidentado. Senna de um piloto sepultado. Acelera Brasil. Reage Mato Grosso. Há luz no fim do poço. Há passado, há presente, há futuro. Há muro de contenção. Há fórmula para governar um País, um Estado, uma Nação.
       Basta de braço cruzado. Basta de assalto continuado. Basta de assaltado. Quem prende? Quem aprende? Quem continua prisioneiro? Quem julga? Quem defende? Quem acusa? Quem sentencia? Quem é assaltado em plena luz do dia? Quem tem medo de um banho de água fria? Quem tem o dedo no gatilho da democracia? Quem tem o medo no trilho da covardia?
      Certamente, a poesia não comove por versos em mais de uma versão. Certamente, o poeta, igualmente ao povo assaltado, já gritou mais de uma vez: Pega o ladrão! “Os cães ladram, a caravana passa”, diz o jargão mais do que popular. Quase na hora do voto decidir quem e porque irá governar e legislar. E viva a novel eleição. Entre mais de um José, entre mais de uma Maria, as mesmas praças, os mesmos bancos, outras traças, outros trancos, outros barrancos.
     Os mesmo assaltos, os mesmos flancos. Desencantos e desencantados. Feridos e lesados. Preferidos e relegados. Perfilados e dispersados. Votados e votantes. Representados e representantes. Atracados e navegantes. Velas ao mar! Urnas à vista! Vamos remar! Basta de vítimas e de vitimados! Vamos saber com quantos votos se faz um pleito eleitoral vitorioso em todos os Estados federados. Por um Brasil livre dos assaltos banalizados. Assaltantes barrados aquém de um tribunal. Brasileiros não mais lesados em tempo real. Ponto sem final feliz. Lousa pagada. Pó de giz. Dedo na ferida. Atadura na cicatriz. Força matriz. Eleitorado em conto de aprendiz.
Airton Reis, professor e poeta em Cuiabá-MT. airtonreis.poeta@gmail.com


CLÓVIS MATTOS – ACRÓSTICO

Cultura itinerante em ação.
Livros compartilhados em mais de uma lição.
Obras e obreiros da língua portuguesa em floração.
Valores paginados em literatura.
Instante do saber.
Sapiência frutificada.

Mato Grosso paisagem e região.
Ambiente natural além de uma erosão.
Tempo e espaço cidadão.
Transmissão do conhecimento aplicado.
Oportunidade em fazer educacional ilustrado.
Suplemento intelectual continuado. Letras e Livros: Adjetivo e predicado!

Poeta Airton Reis.

Cuiabá-MT, 13 de setembro de 2014.
Quando o Poder é querer?

      Queremos liberdade? O Poder é constitucional. Queremos igualdade? O Poder é institucional. Queremos probidade? O Poder é temporal. Queremos ordem? O Poder é regimental. Queremos progresso? O Poder é maioral. Queremos representatividade? O Poder é republicano. Queremos moralidade? O Poder é representação. Queremos probidade? O Poder é fiscalização.
      Queremos saúde? O Poder diz não. Queremos segurança? O Poder é insatisfação. Queremos educação fundamental? O Poder é displicente. Queremos casa e comida? O Poder é ineficiente. Queremos trabalho, emprego e renda? O Poder é fenda. Queremos cultura e arte? O Poder é parte. Queremos esporte e lazer? O Poder é dever. Queremos a infância matriculada? O Poder é conto de fada. Queremos a melhor idade assistida? O Poder é novela repetida. Queremos a violência contida? O Poder é ribalta nem sempre iluminada.
      Querer a corrupção banida. Querer a ética aplicada. Querer a clareira contida. Querer a planície inundada. Querer o planalto além de uma alvorada. Querer a pátria idolatra em cantos mil. Querer a República Federativa do Brasil. Querer a cacimba com água. Querer a panela com mistura. Querer a escola em franca atuação. Querer o transporte coletivo de qualidade. Querer a paz no campo. Querer a pacificação em toda e qualquer cidade. Querer a oportunidade. Querer a integração. Querer o fim da inflação galopante. Querer a lisura de todo governante e de qualquer legislador. Querer ser eleitor. Querer ser postulante. Querer ser cidadão. Querer menos circo. Querer mais pão.
      Quando o Poder é o querer de uma Nação? Quando o Poder é o querer de uma Pátria em formação? Quando o Poder é o querer de uma família de geração em geração? Quando o Poder é o querer de uma classe política dissimulada? Quando o Poder é o querer de uma sociedade dissociada? Quando o Poder é o querer de uma urna apurada? Quando o Poder é o querer de uma eleição capitalizada? Quando o Poder é o querer tornar a casa arrumada? Quando o Poder é o querer advindo da inovação? Quando o Poder é querer encontrar a solução?
      Quantos os dedos de uma mesma mão? Quantos os segredos de justiça em mais de uma delação? Quantos os criminosos em continuado plantão? Quantos os ramos frutificados da enganação? Quantas as balas disparadas numa mesma perdição? Quantas as falas ensaiadas em mais de um canal de televisão? Tudo bem. Tudo zen. Tudo azul. Tudo superficialmente retratado. Tudo medido. Tudo recortado. Tudo alinhavado. Tudo por costurar. Tudo para provar. Tudo por acontecer. Tudo para prover. Quando o Poder é querer, tudo pode mudar. Quando o Poder é querer, tudo pode realizar. Quando o Poder é querer, nada pode deter a conjugação do verbo edificar. Vamos rever: Conceitos e valores. Vamos querer: Governantes e legisladores!
Airton Reis, professor e poeta em Cuiabá-MT. airtonreis.poeta@gmail.com