quarta-feira, 19 de março de 2014

Cinzas...

Cinzas...

      Quarta feira de um samba enredo inacabado. Fim de um reinado anual. Fim de uma folia nacional. Momo recolhido. Momo resguardado. Sapucaí silenciosa. Sapucaí esvaziada. Bateria recuada. Bateria sem madrinha. Alegoria desmontada. Alegoria de um Carnaval. Cinzas de curta duração. Cinzas de larga utilidade. Cinzas de uma fantasia bordada em barracão. Cinzas de um cinegrafista alvejado por rojão. Cinzas de uma Passarela em bis e refrão. Cinzas de uma Cidade Maravilhosa. Cinzas em verso. Cinzas em prosa.
      Cinzeiros, braseiros e borralhos. Alhos e bugalhos. Desvios e atalhos. Rotas de uma fuga em vão. Cinzas dos chacinados em mais de um rincão. Cinzas dos assassinados a luz do dia. Cinzas dos excluídos de qualquer cidadania. Cinzas dos finados sem qualquer defensor. Cinzas dos executados sem nenhuma defensoria. Cinzas dos desvalidos pela democracia.
      Nas cinzas, a violência desmedida e desenfreada. Nas cinzas, a banalização da baderna reincidente e mascarada. Nas cinzas, as páginas amareladas de uma Pátria idolatrada em cantos mil. Nas cinzas, as asas de uma fênix chamada Brasil. Nas cinzas, o verbo renascer conjugado no tempo presente. Nas cinzas, as obrigações elencadas. Nas cinzas, as regiões distanciadas. Nas cinzas, as encostas soterradas. Nas cinzas, as moradias improvisadas.
      Educar por Princípio. Moralizar por Precisão. Assegurar a Justiça. Aprimorar a Legislação. Efetivar Direitos. Cumprir Deveres. Valorar a Constituição. Pão é pão! Circo é circo! E a governabilidade em questão? Representação política ou encenação teatral? Pacto federativo ou Poder central? Protagonista popular ou figurantes no Congresso Nacional? Promessas ao vento ou acomodação ministerial? Dúvida permanente ou certeza passageira? Caçarola ou frigideira?
      Quem vem lá? Quem permanece? Quem entra? Quem sai? Quem leva? Quem traz? Quem acrescenta? Quem representa? Quem a clareza? Quem a escuridão? Quem o candidato? Quem o eleitorado? Quem o deputado? Quem o senador? Quem o presidente? Quem o governador?    
      As cinzas, no corolário das urnas, nos dirão quem serão os postulantes eleitos na hora do voto certeiro. As cinzas, no corolário das urnas, nos revelarão quem seremos nós enquanto povo brasileiro. As cinzas, no corolário das urnas, nos tornarão a extensão do emergencial, do justo e do verdadeiro.
Airton Reis, professor, poeta, embaixador da paz, vice-governador da Associação Internacional Poetas Del Mundo – Mato Grosso. airtonreis.poeta@gmail.com



Oráculo cidadão...

Oráculo cidadão...

       Latinos e latinizados. Conquistadores e conquistados. Nem gregos e nem romanos. Tribunos e tribunais. Oradores e poetas ocasionais. Línguas e gramáticas. Análises sintáticas. Expressões e locuções. Verbos e orações. Sujeitos ocultos. Sujeitos indeterminados. Sujeitos letrados. Discursos repetidos. Discursos inflamados. Discursos equivocados.
       Estados e estadistas. Governos e governados. Nobres e plebeus. Livres e escravizados. Patriotas e expatriados. Elegíveis e eleitores. Senhoras e senhores. Brasileiras e brasileiros. Obreiros e bem feitores. Leigos e doutores. Interlocutores e leitores. Povo e pão. Democracia e Nação. Circo e exclusão.
       Gladiadores e cidadania. Legisladores e demagogia. Premissas e promessas. Saúde e educação. Segurança pública defasada. Baderneiros de plantão. Morros e pacificação. Litoral e sertão. Liberdade de expressão. Igualdade constitucional. Brasil continental. Brasil atual. Brasil futuro. Brasil ideal.
       Pátria do Pré sal. Pátria da desigualdade mais do que regional. Pátria da calamidade mais do que ambiental. Pátria do Poder Central. Pátria do Congresso Nacional. Pátria da maioridade penal em vias contestadas. Pátria das prisões abarrotadas. Pátria das famílias ignoradas. Pátria das famílias abastadas. Pátria das famílias vitimadas.
      Rodovias e estradas sucateadas. Planaltos e nevoeiros. Planícies e picadeiros. Celeiros e celeumas sociais. Famintos e impactos ocasionais. Finitos e finados. Civis e fardados. Indiferentes e acomodados. Eleitos e reeleitos por votos apurados. Eleitos e reeleitos pela maioria. Eleitos e reeleitos em nome da democracia. Canto da sereia. Pranto da periferia. Bandeira da pirataria.
       Saques e saqueadores. Violência e horrores. Pacificadores em extinção. Rumores e rumos da Nação. Condutores e lideranças em extinção. Governabilidade questionada. Pátria amada. Pátria idolatrada. Pátria imperfeita. Pátria reordenada. Pátria parcelada. Pátria progressista. Pátria estreita. Pátria ampliada em cantos mil. Pátria mãe nem sempre gentil. Pátria Brasil.
       Quem te vê? Quem te eleva? Quem te conduz? Quem te faz luz? Quem te reduz? Quem te envolve em escuridão? Quem te serve? Quem te engrandece? Quem te engana? Quem te ama? Quem te expropria? Quem te representa? Quem te orienta? Quem te desfigura?
       Quem te sustenta? Quem te aplaude? Quem te apóia? Quem te guia? Quem te norteia? Quem te exalta? Quem te assegura? Quem te burla? Quem te saqueia? Quem te livra? Quem te defende? Quem te macula? Quem te fere? Quem te corrompe? Quem te salva? Quem te cura?
       Quando a Ordem? Quando o Progresso? Onde a Carta Magna Constitucional? Onde o infante marginal? Por que o Palácio do Planalto? Para que o Congresso Nacional?
       Responda-nos antes do próximo pleito eleitoral! Responda-nos em tempo real! Responda-nos antes que sucumbamos pela inércia mais do que governamental!

Airton Reis, professor, poeta, embaixador da paz, vice-governador da Associação Internacional de Poetas – Mato Grosso.airtonreis.poeta@gmail.com

Praças e pedestres ocasionais. Nada mais!

Praças e pedestres ocasionais. Nada mais!
     Praça central. Praça patrimônio cultural. Sinos e sinais. Ponteiros e horas marcadas. Parcerias institucionais. Torres geminadas. Praça da República das fachadas. Praça de um Alencastro governante. Praça de um vendedor ambulante. Praça de uma fonte outrora luminosa. Praça em verso. Praça em prosa. Praça de um senadinho representativo em cidadania. Praça em canteiro. Praça em cantoria.
     Praça da periferia. Praça da ponte. Praça do porto. Praça da boca. Praça do matagal. Praça da área central. Praça dos palanques de antigamente. Praça do morro sem luz. Praça do Bom Jesus. Praça de Cuiabá. Praça do terminal. Praça Paschoal Moreira Cabral. Praça do Baú. Praça do Beco do Urubu. Praça do Beco do Candeeiro. Praça do Cruzeiro. Praça da Mandioca. Praça do Motorista. Praça Albert Santos Dummont. Praça do artesão. Praça do artista. Praça Marechal Rondon...
     Praça do peixe? Praça do Museu? Praça do pescador? Praça do turista? Praça do Choppão? Praça da onça pintada por João Sebastião? Praça da capivara criada em cativeiro? Praça da Paz encoberta em nevoeiro? Praça do Ipiranga sem margem, sem grito e sem imperador? Praça do pequeno agricultor? Praça do comércio popular? Praça florida? Praça arborizada? Praça abandonada?
     Quantas Praças sem banco? Quantas Praças sem iluminação? Quantas Praças sem função? Quantas Praças sem Pavilhão? Quantas Praças sem Bandeiras tremulantes? Quantas Praças esquecidas por sucessivos governantes? Quantas Praças sem qualquer limpeza? Quantas Praças sem nenhuma segurança? Quantas Praças permeadas em mais de uma lembrança? Quantas Praças sem parque? Quantas Praças sem criança? Quantas Praças tombadas em ruínas sem restauração? Quantas Praças sem visitação?
     Praças com nomes de ilustres cidadãs e cidadãos brasileiros homenageados além do legislativo municipal. Praças de uma Vila elevada à categoria de Capital. Praças de um caos urbano emergencial. Praças inadequadas para a cidade sede da Copa Mundial.
     Praças que passaram. Praças que ficaram.  Praças que passaremos. Praças que não esqueceremos. Praças que avistaremos: Diante delas, seremos apenas páginas quiçá estampadas em boletins de ocorrências policiais? Nada mais? Dou-lhe uma! Dou-lhe duas! Dou-lhe três! Quem dá mais? Vendidas para os pedestres ocasionais!
Airton Reis, professor, poeta, embaixador da paz, vice-governador da Associação Internacional Poetas Del Mundo – Mato Grosso. airtonreis.poeta@gmail.com


Dia Internacional da Mulher: Palmas poéticas!

Dia Internacional da Mulher: Palmas poéticas!


    Mulher: Dia internacional. Mulher: Presença mensal. Mulher: Ano igualitário. Mulher: Ventre placentário. Mulher: Cordão umbilical. Mulher: Dia do reconhecimento mais do que maternal. Mulher: Mês da gratidão fraternal. Mulher: Ano da conquista mais do que salarial.
    Mulher verdadeira. Mulher companheira. Mulher estrangeira. Mulher de todas as nações. Mulher brasileira. Mulher de todas as idades. Mulher de todas as profissões. Mulher dos versos. Mulher das canções. Mulher das lutas do dia a dia. Mulher das necessidades de todos os momentos. Mulher conselheira nas tribulações. Mulher determinada nas obrigações. Mulher perfeita em deveres. Mulher digna em direitos. Mulher amparada nas constituições...
    Mulher dos sujeitos simples e compostos. Mulher dos predicados verbais e nominais. Mulher dos adjetivos especiais e especializados. Mulher dos pronomes reconhecidos e observados pela democracia. Mulher dos substantivos de responsabilidade e de cidadania. Mulher dos sinônimos da força da natureza. Mulher dos verbos conjugados pela delicadeza. Mulher das artes retratadas com destreza. Mulher da certeza legal de prontidão. Mulher no prisma da justiça. Mulher no delta da perfeição.
    Mulher compasso ampliado no coração. Mulher esquadria familiar edificada. Mulher maço em pedra lapidada. Mulher cinzel em pedra polida. Mulher nível em Nova Era prometida. Mulher prumo em coluna erguida. Mulher régua do saber compartilhado. Mulher alavanca do ser inacabado. Mulher lápis em mais de um caderno desenhado. Mulher cordel da liberdade nunca tardia. Mulher dossel iluminado em sabedoria.
    Mulher na ordem do dia. Mulher no ordenamento jurídico da nação republicana. Mulher tribal. Mulher rural. Mulher urbana. Mulher assistida mais do que socialmente. Mulher representada mais do politicamente. Mulher empreendedora. Mulher vereadora. Mulher prefeita. Mulher deputada. Mulher governadora. Mulher senadora. Mulher presidente. Mulher ministra. Mulher togada. Mulher juíza. Mulher desembargadora. Mulher promotora. Mulher delegada. Mulher escrivã juramentada. Mulher advogada. Mulher policial. Mulher civil. Mulher Força Armada. Mulher cultura florida e frutificada. Mulher reconhecida. Mulher amada.
     Mulher analfabeta. Mulher letrada. Mulher professora. Mulher mestra. Mulher doutora. Mulher reitora. Mulher diretora. Mulher médica. Mulher enfermeira. Mulher obreira. Mulher engenheira. Mulher economista. Mulher artista. Mulher contadora. Mulher motorista. Mulher feirante. Mulher comerciante. Mulher empresária. Mulher secretária. Mulher funcionária. Mulher estudante. Mulher universitária. Mulher garçonete. Mulher bibliotecária. Mulher jornalista. Mulher escritora. Mulher virtuosa. Mulher maravilhosa. Mulher conto. Mulher romance. Mulher prosa. Mulher criatura. Mulher imagem. Mulher semelhança. Mulher criação...
    Mulher realidade. Mulher ficção. Mulher ilustre. Mulher desconhecida. Mulher ignorada. Mulher empreendedora. Mulher qualificada. Mulher discriminada. Mulher prostituída. Mulher escravizada. Mulher viciada. Mulher infante abandonada. Mulher espancada. Mulher estuprada. Mulher assassinada. Mulher apenada. Mulher indigente. Mulher miserável. Mulher pobre. Mulher pedinte do pão de cada dia. Mulher carente da caridade mais do que cristã. Mulher de fato e de direito mais do que simplesmente uma cidadã.
     08 de março de 2014: Dia Internacional da Mulher. Vamos comemorar! Vamos aplaudir! Vamos poetizar! Vamos agradecer! Vamos reconhecer!  Vamos homenagear! Viva às mulheres laureadas pelo verbo amar! Salve as mulheres que nasceram para nos irmanar! Palmas para as mulheres aqui e acolá! Vida longa às mulheres do mundo, do Brasil, de Mato Grosso e de Cuiabá!
Airton Reis, professor, poeta, embaixador da paz e vice-governador da Associação Internacional Poetas Del Mundo – Mato Grosso. airtonreis.poeta@gmail.com


Paradeiro da Princesa (D. Isabel) – Perguntamos!

Paradeiro da Princesa (D. Isabel) – Perguntamos!

   Andará Vossa Majestade, aonde não há qualquer gorjear de um sabiá laranjeira em uma palmeira imperial? Andará Vossa Majestade, aonde o vento e a tempestade não se fazem sinônimo de qualquer calamidade mais do que ambiental?
    Andará Vossa Alteza Real, por acaso, diante das colunas do templo da liberdade erguidas além da nossa terra natal? Andará Vossa Alteza Real, por ventura, dentro dos pavimentos de um palácio em nada corrompido e regido pela Justiça Celestial?
    Andarás, S.A.I.R (Sua Alteza Real e Imperial D. Isabel), além das inicias com que fora tratada em Vossa Regência, sendo ouvida e aclamada pelos fiéis súditos de uma Nação continental por natureza obreira? Andará, S.A.I.R, no tempo universalizado além de qualquer nobreza passageira?
    Ó Princesa, nos responda quer seja em alforria!
    Ó Princesa, o Vosso trono foi trocado pela república da pirataria!
    Ó Princesa, carecemos de uma Ordem para banirmos a anarquia!
    Aqui, o atraque é geral e continuado. Aqui, o público e confundido com o privado. Aqui, a inocência paga pelo culpado. Aqui, tanto na origem, quanto na duração ou na amplitude, a Lei é constitucional, penal, eleitoral, processual, trabalhista, militar, civil, etc. e tal... Aqui, não só os governos Municipal, Estadual ou Federal é que nos torna dignos do nome Brasil mais do que Tropical. Aqui, a desigualdade é mais corriqueira do que aquela constatada em nível social.
    Esparsos e extravagantes são todos os que fazem dos Poderes instituídos uma representação mais do que municipal. Nem tudo se consolida em democracia advinda de qualquer que seja o pleito eleitoral. Vivemos distantes do valor cívico de uma cidadania nacional. Aqui, até parece que imitamos o tempo romano além de um coliseu. Aqui, não há qualquer Marília em carta recebida pelo pseudônimo de Dirceu.
    Todavia, os derrames se alastram além das bocas e das garras de um leão esfomeado. Aqui, o público, por vezes, é tratado como gado. Explicamos: Não queremos dizer que vivemos de pasto numa invernada pantaneira. Não queremos afirmar que apenas pisotear seja o nosso verbo na sonoridade de um berrante ecoado além de uma fronteira. Aqui, o pão de cada dia, nem sempre advém de uma regalia ou de uma caridade institucional mais do que agravante e costumeira. Aqui, mais de um infante já se alistou no mundo marginal sem qualquer uniforme, merenda, ou sala de aula sem professor e sem carteira.
    Médicos? Importamos em ilegalidade! Professores? Remuneramos em precariedade! Terra? Casa? Habitação! Lazer? Segurança? Legislação? Poucos com muita e muitos com pouca!
    Continuamos, nem sempre obedientes, a sermos um povo inerente à hierarquia além do âmbito legal. Continuamos brasileiras e brasileiros irmanados pelas conquistas advindas aquém de qualquer Poder regimental. Continuamos trovadores em versos que primam pela liberdade em mais de uma expressão.
    Continuaremos perguntando, insistentemente, por andará Sua Alteza Real e Imperial Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança, e depois Bourbon?
    Sabemos que Vossa Majestade não fora a primeira a comandar, como chefe de Estado e de governo, os destinos mais do que políticos do Brasil. Sabemos que, para as páginas da nossa História será sempre a terceira, após a Vossa avó D. Lepoldina e a Vossa trisavó Dona Maria I, a desempenhar os fados e encargos administrativos que não se restrigiram aos vereditos de uma inconfidência finalizada em prisão, degredo e forca...
    Todavia, ainda sabemos, que ocuparas, para sempre, e, incontestávelmente, o lugar de primeira senadora do Brasil, cargo a que teve direito, e, exerceu, como herdeira do trono a partir dos 25 anos de idade conforme a Constituição de 1824, a primeira Carta Constitucional do Brasil.
    Ó Redentora, precedida em regência pelo Vosso pai D. Pedro II do Brasil, e sem nenhum sucessor, posto que a República Federativa do Brasil foi proclamada! Olhai por nós filhos e filhos de uma Pátria outrora amada e idolatrada em mais de um Pavilhão!
    Ó Dona Isabel, que aos 14 anos e, de acordo com o artigo 106 da Constituição Imperial, prestastes o juramento de "manter a religião católica apostólica romana, observar a Constituição política da nação brasileira e ser obediente às leis e ao imperador”. Volvei os Vossos olhos ao nosso destino de Nação em desenvolvimento deveras sutentado, enquanto Estado laico e sem qualquer gênero ou espécie de preconceito velado ou declarado!
    Ó Redentora, precedida em regência pelo Vosso pai D. Pedro II do Brasil, e sem nenhum sucessor, posto que a República Federativa do Brasil foi proclamada! Olhai por nós filhos e filhos de uma Pátria outrora amada e idolatrada em mais de um Pavilhão!
    Ao final, aprendemos que,  mesmo já banida desta Pátria que fizeste livre de mais de um cativeiro, com a morte do Vosso pai, em 1891, tornas-tes a chefe da Casa Imperial e a primeira na linha sucessória, sendo considerada, de jureSua Majestade Imperial, Dona Isabel I, Imperatriz Constitucional e Defensora Perpétua do Brasil.
    Por todos os páragrafos apontados nesta indagação, bem como pelo amor ao próximo que Vós declarastes ao assinar a Lei Auréa que nos assegurou a Abolição, responda-nos, sem demora, e, em mais de um artigo assinado em opinião:
    – Por andarás Vós Princesa Isabel? Qual o Vosso (real) paradeiro?
    Na esperança compartilhada, aquém e além de uma urna apurada em pleito universal, secreto e universal, de que ainda um dia, saberemos distinguir a monarquia, a que com fidelidade jurastes, de qualquer demagogia, ora e outrora, galopante e em mais de uma montaria que insiste em nos chicotear e nos cravar a espora sem qualquer parcimônia ou trégua de um autêntico cavaleiro em nada imperial, aqui nos despedimos em poesia...
    Sem mais, saiba ainda que pelo Brasil, continuaremos vigilantes não só em prosas ou quiçá em versos substancialmente margeados pela essência que nos torna, de fato e de direito, as obreiras e os obreiros de uma almejada democracia!
    Deste poeta que assina Airton Reis. Cuiabá-MT, 19 de fevereiro de 2014.