quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Eduardo Campos: Chamado e escolhido!

      Em definitivo, Deus é brasileiro na alegria e na tristeza. Deus é fortaleza dos fracos e de qualquer realeza. Deus traça, projeta e executa. Deus modela, desbasta e apara. Deus une e separa. Deus ampara, conforta e auxilia. Deus oriente e guia. Deus revela ao iluminar. Deus eleva com justiça e com perfeição. Deus exalta os mansos de coração. Deus é reinado, assim na Terra como no céu. Deus é igualdade antes de ser semelhança. Deus é bondade em aliança confirmada de geração em geração. Deus é promessa de ordem e progresso de uma Pátria, de um País e de uma Nação. Deus é presença além do mundo cristão.
     Em Deus, encontramos a salvação. Por Deus, vivemos em concórdia e união. De Deus, o mistério do Criador. Com Deus, a força do amor. Para Deus, a beleza da vida eterna. Aonde há Deus, há a humanidade fraterna. Dele, a misericórdia e o perdão. Nele, a Glorificação. Benditos os que foram chamados pela mesma Luz. Louvados os que venceram as trevas da ignorância e da hipocrisia. Bem aventurados são os que vestiram e os que vestirão a camisa da democracia.
     Eduardo Campos da camisa convocada além de um gramado ou de uma autarquia. Camisa numerada. Camisa suada. Camisa de manga dobrada. Camisa alvejada. Camisa de campanha eleitoral interrompida pela fatalidade. Camisa de quem defendeu o país das arbitrariedades costumeiras em mais de um rincão. Camisa de quem combateu nas trincheiras da liberdade de expressão. Camisa de quem pretendia governar para banir a corrupção. Camisa ilibada em ética. Camisa costurada pela moral. Camisa de um nordestino destinado a representar o povo brasileiro em mais de uma causa social. Camisa de um migrante em revoada celestial. Camisa de um candidato ao Governo Federal.
     Vai Eduardo Campos, vai! Vai ser na espiritualidade o paladino das pendências de uma pátria repartida em partidos de última hora. Vai de encontro ao Alto da Compadecida da Nossa Senhora. Vai confiante do dever cumprido. Vai certeiro da estima e da consideração de um povo sofrido. Conosco, a luta pela democratização nacional continuará em todos os quadrantes da aquarela chamada Brasil. Conosco, o seu exemplo civil servirá de escudo e quiçá de lança. Conosco, a esperança da mudança. Conosco, a sua lembrança em pupilas azuladas. Conosco, as luzes de uma vitória antecipada.
     Hoje, o céu em cantares com a sua chegada. Hoje, uma estrela no firmamento da pátria enlutada. Hoje, o seu nome no Livro da Vida de quem ganhou a imortalidade antes de qualquer urna apurada. Amanhã, a história republicana recontada além de um Pavilhão. Amanhã, sepultaremos o seu corpo e encomendaremos a sua alma à Morada dos Mansos e dos pacíficos em qualquer ocasião. Por hora tristeza, condolência e oração. Convosco a Paz de Cristo, nosso Mestre, nosso Irmão!
Airton Reis, professor e poeta em Cuiabá-MT.

Prato do dia...

     “Os cães ladram. A caravana passa”. Raposas e Rapunzel. Damas e camélias. Príncipes e principados. Reinos coroados. Súditos subestimados. Tronos repassados de mão em mão. Tratados avançados de uma Nação. Hiléia tropical. Sertão e litoral. Tribos e donatários. Capitanias provinciais. Barões coloniais. Paralelos e Meridianos. Assentamentos Rurais. Aglomerados urbanos. Monarquistas ou republicanos? Perdas ou desenganos? Fortuna ou vintém de cobre? Escuna ou pirataria? Duna ou democracia?
      Areia de uma ampulheta quebrada. Oásis de uma pátria saqueada. Água racionada em cantil de couro de cotia. Cavalos selados em montarias. Vacas leiteiras. Porteiras fechadas. Boiadas nas invernadas. Bezerros desmamados. Berrantes nas cinturas. Secas prolongadas. Comitivas nas estradas. Travessias. Boi de piranha. Cabra e cabrito. Cordeiro e lobo mau. Boneco de pau. Boneca de porcelana em nada chinesa. Brioches com creme de framboesa. Fantoches camaradas. Caras mascaradas. Temporadas.
      Picadas palacianas em fragmentos. Trilhas dos parlamentos. Picadas em inventos continuados além da linha do equador. Trilhas partidárias em nível sem prumo. Acomodações majoritárias sem rumo. Fumo de corda trançada. Funil de óleo queimado. Farelo de trigo moído. Martelo de prego enferrujado. Moinho de vento encanado. Engenho de melado. Rapadura de mamão. Eleitorado e eleição.
      Primeira e única refeição. Iguarias nas mesas improvisadas. Talheres nas mãos lavadas. Bacias prateadas. Brindes e entradas. Torradas e barquetes. Empadas e croquetes. Caviar e salmão. Tomate seco e tâmaras cristalizadas. Azeitonas recheadas. Queijo suíço. Sumiço circunstancial. Aviso de ordem gerencial: Não servimos prato feito e nem prato comercial.
      Enfim, o cardápio principal. Assado em alta temperatura e decorado com o primor da culinária francesa. Javali à montanhesa. Molho de lentilhas ao vinho sul africano. Arroz com cogumelos, com ervas e com especiarias. Regalias dos abastados.  Desjejum dos convidados pelo primeiro escalão. Quarto da regurgitação. Barriga cheia esvaziada. Hora da sobremesa açucarada. Pavê de marmelada ou pudim de pão amanhecido? Cocada gelada ou sorvete derretido em calda quente? Compota de jacá ou ricota de búfala com doce de banana nanica?
      Você escolhe. Você degusta. Você indica. Isto é, caso você não tenha nenhuma restrição alimentar. Isto é, caso você seja convidado para um lugar na mesa desse jantar. E a comanda, quem vai pagar? Não se preocupe. A boca é livre. O estômago é de elefante. A fome é de leão. Compostura ou etiqueta social? Isso não conta. O que vale é a fartura descomunal. Ao final, se não for servido chá digestivo ou conhaque de alcatrão, saque da bolsa – ou bolso – o conhecido, eficaz e efervescente sonrisal... Fim!
Airton Reis, professor e poeta em Cuiabá-MT.

ADAUTO DIAS DE ALENCAR (10.08.1931-16.10.2013) – ACRÓSTICO

Assaré-CE, cidade natal.
Dedicação literária em manancial.
Acadêmico das Letras Mato-Grossenses.
Universo genealógico em continuadas publicações.
Tertúlias, sonetos, poemas, romances, hinos e canções.
Ourives das palavras ilustradas em orações.
Delta da beleza gramatical.
Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso em cabedal.
Advogado e Procurador aposentado.
Sapiência em mais de um livro editado.
Diamante da cultura polido e lapidado.
Ensino que se fez educação em mais de um Estado federado.
Amigo do saber em qualquer ocasião.
Lume filosófico em expressão.
Elevado e respeitável cidadão.
Norte da liberdade de expressão.
Cuiabano de coração. Pesquisador por vocação.
Alma em exaltada evolução espiritual: Acadêmico Imortal!
Roteiro da saudade em vértice fraternal. Adauto Dias de Alencar: Primavera Celestial!

Poeta Airton Reis

Cuiabá-MT, 10 de agosto de 2014.
Faixa & Fachada

        Faixa em peito nada varonil. Fachada da Pátria Brasil. Faixa preta em arte nada marcial. Fachada rebocada de cal. Faixa salarial em teto sem cumeeira. Fachada do Congresso Nacional. Faixa faxineira diarista. Fachada brasileira em nada humanista. Faixa fronteira. Fachada frontal. Faixa de Gaza nacional. Fachada principal. Faixa tira de couro recortado. Fachada em morro dito pacificado. Faixa faísca. Fachada cera de museu. Faixa arena. Fachada coliseu. Faixa domínio. Fachada loteada. Faixa atada. Fachada falaz. Faixa falsete. Fachada palacete.
        Faixa em nada musical. Fachada sertão. Faixa litoral. Fachada territorial. Faixa institucional. Fachada republicana. Faixa rural e urbana. Fachada farelo. Faixa grão. Fachada martelo. Faixa prego. Fachada farinha de guerra. Faixa fada madrinha. Fachada verde. Faixa amarela. Fachada farol. Faixa farnel. Fachada fracionada. Faixa farrapada. Fachada fantoche. Faixa brioche. Fachada falcatrua. Faixa falange da corrupção. Fachada ficha limpa. Faixa fagulha em erupção. Fachada narração. Faixa fabulação.
        Fábrica ou fabricação? Manufatura ou construção? Infâmia, injúria ou difamação? Lei ou legislação? Arco ou flecha? Faca ou facão? Dardo ou arpão? Míssil ou fuzil? Ficção ou realidade? Justiça ou arbitrariedade? Fantasia ou falsidade? Falácia ou calamidade? Fanatismo ou familiaridade? Grupo ou base? Gôndola ou dromedário? Fanfarra ou falsário? Túmulo ou berçário? Cúmulo ou acumulado? Inocente ou culpado? Quem julga? Quem será julgado? Quem pleiteia? Quem será representado? Quem norteia? Quem será desnorteado?
        Perguntas elencadas na cartilha de uma mesma população. Respostas advindas antes de qualquer confirmação. Versos em prosas mais do que virtuais. Tempestades e vendavais. Tribunais. Litígios e litigados. Vestígios e investigados. Prestígios e bom-bocados. Amargos e adocicados. Picantes e picaretas. Agravo e agravantes. Cravo e outras especiarias em nada indiana. Intriga mais do que palaciana. Briga mais do que acirrada. Urtiga aquém do Planalto Central. Fadiga eleitoral.
        Hoje tem marmelada? Amanhã a goiabada é cascão? Quem ralou o queijo parmesão? Quem acendeu o tacuru? Quem comeu cabeça de pacu? Quem sobrevive com angu? Quem torrou a castanha do caju? Quem se esconde em toca de tatu? Será tu, cobra criada? Seremos nós, cidadãos e cidadãs da pátria amada? Arapuca pega pombo e pardal. Neste mato tem raposa, tem coiote e tem lobo mau. Nessa estória, vencerá quem sabe com quantos paus se faz uma canoa. Nessa estória, tem gente má e tem gente boa. Nesse barco, popa, leme e proa. Garoa, também molha e resfria. Para quem vai a Faixa & Fachada da nossa famigerada democracia? As urnas falarão por nós. Por hora, apenas versos. Por minuto, apenas versões. E por segundo? Indignações!
Airton Reis, professor e poeta em Cuiabá-MT.

Costumes dos acostumados

Costumes dos acostumados
       Era uma vez um compasso invisível. Era uma vez um esquadro, um prumo e um nível. Era uma vez uma régua de vinte e quatro polegadas. Era uma vez um lápis e um cordel em palavras publicadas. Era uma vez uma alavanca determinante. Era uma vez um maço e um cinzel operante.
       Era uma vez uma barreira instransponível. Era uma vez um terreno pantanoso. Era uma vez um eleitor duvidoso. Era uma vez uma candidatura atingida por mais de um vendaval. Era uma vez uma lagoa e um rio condenados pela mesma degradação mais do que ambiental. Era uma vez um pleito eleitoral.
       Carruagem de Cinderela. Escadaria da favela. Morro em pé de guerra. Mazela forjada a ferro e fogo. Povo acuado. Povo miscigenado. Povo discriminado. Povo pavão. Povo povão. Povo formiga. Povo barriga. Povo braço. Povo braçal. Povo laje. Povo legislação. Povo cultura. Povo alforria. Povo liberdade em tempo integral. Povo cidadania legal. Povo democracia real. Povo educação fundamental. Povo saúde emergencial.
       Toca do leão. Tesouro da Nação. Tributação. Tributos e tributados. Destinação. Destinos perdidos. Horizontes corrompidos. Infantes armados. Bancos arrombados. Bandos mascarados. Crimes organizados. Presídios superlotados. Armamentos contrabandeados. Manchete de jornal. Página policial. Boletim de ocorrência. Insuficiência militar. Continência civil. Elevemos o Brasil! Exaltemos o Estado de Mato Grosso em cantos mil!
       Tremulemos com força e vigor a bandeira da probidade mais do que institucional. Brademos pela ética revestida da mais límpida moral. Exijamos o dever constitucional. Livremo-nos da corrupção de cada dia. Resguardemos a ordem em toda e qualquer jurisdição. Façamos do país uma história sem qualquer ficção. Cultivemos a virtude da verdade. Cumpramos a nossa responsabilidade. Efetivemos os nossos direitos. Sejamos sujeitos elencados em mais de uma oração. Saibamos o preço do beijo de uma secular traição.
       Nem Judas, e, nem Pilatos! Pratos limpos, sim senhora e sim senhor!
       Bocas nem mudas e nem caladas. Orelhas atentas. Narinas aguçadas. Tato e paladar. Sexto sentido antes de confirmar. Urubu, no ar rarefeito. Camaleão, no fogo em ardente chama. Jacaré, submerso na água reduzida em lama. Cá na terra, outra fauna. Cá no mato, outra lebre. Cá no reino animal, outro predador camuflado. Cá em outra cadeia alimentar, mais de um filhote devorado.
       Afinal, vencerão os eleitores bem informados. Por fim, e desde já: Vivas aos juristas mais do que colegiados! Ao final, saberemos os costumes dos acostumados.
Airton Reis, professor e poeta em Cuiabá-MT.


NOSSO PAI
Nosso Pai une,
Nosso Pai guia,
Nosso Pai apóia,
Nosso Pai edifica,
Nosso Pai revela,
Nosso Pai acolhe,
Nosso Pai ensina,
Nosso Pai corrige,
Nosso Pai perdoa,
Nosso Pai orienta,
Nosso Pai fortifica,
Nosso Pai protege,
Nosso Pai socorre,
Nosso Pai abençoa,
Nosso Pai acalenta,
Nosso Pai conforta,
Nosso Pai embeleza,
Nosso Pai completa,
Nosso Pai aconselha,
Nosso Pai é bondade,
Nosso Pai é fortaleza,
Nosso Pai é linha reta,
Nosso Pai acompanha,
Nosso Pai é compasso,
Nosso Pai é porta aberta,
Nosso Pai é pão fraternal,
Nosso Pai é janela universal,
Nosso Pai é virtude elevada,
Nosso Pai é fortaleza edificada,
Nosso Pai é Luz da Humanidade,
Nosso Pai é comunhão espiritual,
Nosso Pai é certeza da eternidade,
Nosso Pai é esquadro da perfeição,
Nosso Pai é genealogia abençoada,
Nosso Pai é palavra bem aventurada,
Nosso Pai é poema em página de Amor,
Nosso Pai é Graça concedida pelo do Criador,
Justo, perfeito e feliz Dia dos Pais em todo o seu esplendor!
Irmão Airton Reis. ARLS Legionários do Saber, Número 89 – GLEMT.


Métrica da eleição nacional
         Mais de um peso. A mesma medida. Mais de um dedo. A mesma ferida. Mais de uma causa social ignorada. A mesma injustiça continuada. Mais de uma panela vazia. A mesma mordomia. Mais de um infante marginalizado. O mesmo Estatuto invalidado. Mais de um hospital de portas fechadas. As mesmas escolas sucateadas. Mais de uma dezena de vitimados pela violência urbana noite e dia. A mesma insegurança além de uma periferia.
         Balança mais do que comercial. Bonança mais do que estatal. Brasília, Capital Federal. Palácio do Planalto e Congresso Nacional. Rampas e gabinetes refrigerados. Rompantes e repentes de uma representação política distanciada da verdadeira democracia social. Brioches importados de uma revolução mais do que francesa. Nobreza nem tão real. Guilhotinados nos epitáfio dos esquecimentos. Povo sem voz nos parlamentos. Povo sem vez nos proclamados “enriquecimentos”. Quatro cantos. Quatro ventos.
         Nomes para escolher e não errar. Quatro anos para ordenar e progredir. Quatro metas para edificar e garantir. Quarteto em nada violado. Quadrante do Brasil alfabetizado. Querência de melhoria mais do que salarial. Competência e garantia em nível assistencial. Gerência e administração governamental. Confluência militar e civil. Abrangência diante da causa chamada Brasil. Testemunhas arroladas de um mesmo desenvolvimento dito sustentado. Dever Público. Direito Constitucional. Alternância emergencial.
         Mudaremos ou seremos mudados? Bradaremos ou seremos silenciados? Acataremos ou seremos desacatados? Uniremos ou seremos repartidos? Multiplicaremos ou seremos subtraídos? Esqueceremos ou seremos mais do que uma lembrança publicada em manchete de jornal? Avaliaremos ou seremos desvalorizados? Venceremos ou seremos derrotados? Viveremos em liberdade ou continuaremos reféns da covardia? Alcançaremos a igualdade ou vestiremos a máscara da hipocrisia?
        Perguntas que a poesia não pode responder de imediato. Perguntas que se alternam em mais de um afluente rumo ao mesmo regato. Perguntas do rato e do rei Roma. Perguntas tanto da ratoeira e quanto da Pátria em coma.
       Coma? Ou acomodação? Coma? Ou infestação? Coma? Ou comensais? Coma? Ou pacientes terminais? Coma? Ou calamidades regionais? Coma? Ou fronteiras internacionais? Coma? Ou colméia sem zangão? Coma? Ou infante armado? Coma? Ou morro pacificado? Coma? Ou epitáfio encomendado? Coma? Ou cobra criada? Coma? Ou funeral da pátria espoliada? Coma clínica ou coma crônica? Coma conto ou coma ficção? Coma da Nação. Coma métrica da eleição. Régua, lápis e cordel na mão!

Airton Reis, professor e poeta em Cuiabá-MT. airtonreis.poeta@gmail.com
AVE SUELI!
      Sueli Batista dos Santos, doravante acadêmica em obra imortalizada. Sueli, amiga de longa jornada. Sueli, mulher atuante e determinada. Sueli, jornalista capacitada. Sueli, poeta em mais de uma obra publicada. Sueli, simples e plural. Sueli, sincera e cordial. Sueli, governadora da Associação Internacional de Poetas – Mato Grosso. Sueli, mato-grossense de coração. Sueli, estudiosa da beleza em mais de uma ocasião. Sueli, vitoriosa além de uma eleição.
      Versos que afloram em mais de uma ocasião. Versos permeados pela realidade. Versos lapidados em originalidade. Versos premiados em nível nacional. Versos que engrandecem a cultura regional. Versos verdadeiros. Versos de um pássaro que passa e que passará. Versos de uma liberdade nunca tardia. Versos primados pela harmonia. Versos lapidados em cidadania. Versos exaltados em poesia.
      Força, beleza e sabedoria. Força feminina. Beleza intelectual. Sabedoria em manancial. Academia Mato-Grossense de Letras por ideal. Academia Mato-Grossense de Letras por vocação gramatical. Academia Mato-Grossense de Letras em portal. João Alberto Novis Gomes Monteiro em sucessão eleitoral. Cadeira Número 34, doravante ocupada em cabedal. Mérito eleitoral.
      Ave Sueli! Vencemos com você. Ave Sueli! Louros compartilhados. Ave Sueli! Palmas em ritmos irmanados. Ave Sueli! Adjetivos e predicados. Ave Sueli! Substantivos e verbos conjugados. Ave Sueli! Poemas ilustrados. Ave Sueli! Livros publicados. Ave Sueli! Ensino que se faz educação. Ave Sueli! Vitória reconhecida e aclamada com justiça e com perfeição.
      Lição de humildade. Lição de perseverança. Lição de esperança. Lição de comprometimento civil. Lição em cantos mil. Lição soletrada no tempo presente. Lição frutificada em mais de uma estação. Lição de quem venceu pela capacitação. Lição de quem se faz aprendiz de literatura. Lição de quem representa a nossa cultura. Lição de quem ilumina por ser iluminada. Lição de quem persiste por ser bem aventurada. Lição de quem escreve noite, dia e madrugada.
      Ainda aprenderemos com você. Ainda permaneceremos postulantes em próximo escrutínio elencado pela razão. Ainda haveremos de nos confraternizar na mesma Casa de um Barão. Ainda há tempo. Ainda há espaço. A última flor do Lácio, contínua inculta e bela. A língua portuguesa estará contigo em sentinela. A poesia, contigo, permanecerá florida e frutificará em aquarela. Cante os nossos sonhos com toda a intensidade. Encante a pátria, a família e a humanidade. Dignifique o ofício de escritor. Brilhe com toda a intensidade advinda da Luz do Amor. Agradeça ao nosso Pai e Criador. Doravante, mais do que um poema ilustrado. Doravante, o mesmo caminho das letras mato-grossenses mais do que irmanado. Avante! Ave Sueli!
Airton Reis, professor e poeta em Cuiabá. airtonreis.poeta@gmail.com


Vida longa à Democracia!

Vida longa à Democracia!

      Língua portuguesa em nascente caudalosa. Letras Mato-Grossenses em verso e em prosa. Poesia em firmamento estrelado. Cidadania em pavimento edificado. Colunas da liberdade de expressão. Templo da cultura de geração em geração. Casa de um Barão. Sodalício da literatura regional. Acervo e memorial. Nossa obra quiçá um dia imortal. Academia Mato-Grossense de Letras em continuado ideal. Porto do conhecimento aplicado. Portal do saber mais do que ilustrado. Cotidiano cidadão em página de opinião. Liberdade de expressão. Poesia em formatação.
      Centro Oeste do Brasil republicano. Faroeste constatado por mais de um cidadão cuiabano. Caos urbano. Periferia em crescimento desordenado. Infante marginalizado. Pedestre assaltado. Estabelecimento comercial saqueado. Fogo cruzado. Ação e reação. Vítima corriqueira. Banalidade brasileira. Calamidade mais do que social. Deformidade mais do que institucional. Liberdade ameaçada em tempo real. Vida sem valia existencial. Segurança deveras primordial.
      Centro Geodésico da América do Sul. Testemunha arrolada de um planeta outrora azul. Serras e colinas. Planaltos e Planícies. Nascentes e afluentes. Florestas e clareiras. Novas entradas. Antigas porteiras. Renovadas pastagens. Campos cultivados ampliados. Meandros de um Pantanal abandonado em degradação mais do que pontual. Fumaça de um Cerrado em combustão anual.
      Ai de ti Educação Ambiental! Ai te ti paisagem natural! Ai ti Mato-Grosso incinerado por mais de um foco em ardente chama com fim comercial! Ai de ti Pantanal imerso e submerso em resíduo que se faz lama e lamaçal! Ai te Cerrado, em floração resumida às margens de uma colina na área central da capital!
      Quem cantará por vós ecossistemas agonizantes em mais de uma realidade? Quem conservará as nascentes espoliadas pela modernidade? Com quantas árvores convivemos em nossa cidade? Em que palmeira imperial o sabiá pousou? Em que Parque Municipal a legislação ambiental vigorou? Continuará o córrego do Barbado o depósito de espumas flutuantes? Quais serão as promessas dos atuais postulantes a cargos políticos eletivos em ocasião vindoura?
     Seremos o balde de água fria na democracia ou seremos a vassoura da Madame Mim? Pularemos amarelinha ou ilustraremos a lâmpada de Aladim? Comeremos a maça envenenada pela corrupção ou lavaremos como Pilatos, as nossas mãos? Livraremos a Rapunzel escalando as suas tranças ou apontando escudos e lanças? Quantos dragões fictícios num mesmo dia? Quantos impostos reais devorados em mais de uma mordomia?
     Quantas panelas vazias? Quantas bolsas remediadas? Quantas balas trocadas? Quantas Arenas edificadas? Quantas escolas valorizadas? Quantos presídios decadentes? Quantos pacientes não socorridos? Quantos eleitores preteridos? Quantos deputados dormentes? Quantos senadores inoperantes? Quantos presidentes equivocados? Quantos indigentes ignorados? Quantos habitantes em dignificada moradia? Quantos civis alistados em cidadania? Quantos fardados além de uma periferia? Quantos Estados federados que nos efetiva em Democracia?
     Certamente, somos além de uma unidade em crescimento mais do que populacional. Certamente, somos um todo eleitoral em voto livre, secreto e universal. Certamente, ora somos governo, ora somos oposição nem sempre radical. Certamente, ora somos politicamente representados, ora somos socialmente relegados em mais de uma exclusão no território nacional. Certamente, a maioria dos votos validos vencerá e confirmará a mesma predileção. Certamente, nós votaremos confiantes na necessária e emergencial renovação. Chega de chover no molhado. Guarda-chuva é melhor do que qualquer peneira, estando ou não o céu nublado. Todavia, o sol da liberdade, mesmo que tardia, igualmente iluminará todo e qualquer eleitora e eleitor devidamente alistado, e prontamente bem informado.
     Chega de um Brasil rabiscado! Basta do dever público ignorado! Não somos rebanho, não somos gado. Somos brasileiros. Somos mato-grossenses. Somos cacerenses. Somos professores. Somos poetas. Temos fome, temos nome, temos pressa, temos urgência, temos preferência, temos direito, temos obrigação. Temos o sim em bis e em refrão. Temos o não resguardado pela justiça e adornado pela busca continuada da perfeição. Chega de erros. Basta de calamidades. Findemos as indignas arbitrariedades. Finalizemos as intrigas e as meias verdades. Ampliemos as oportunidades.
     Vida pela Pátria Brasil em todo o território nacional! Vida pela família humana em tempo integral. Vida longa aos nossos bosques sem qualquer lobo mau! Vida livre em todas as nossas cidades, sem nenhum usurpador oficial! Vida pela ética revestida da mais ilibada moral! Vida pela vida em graça e louvor Divinal. Vida pela validade da egrégia Carta Magna Constitucional! Vida longa à Democracia sem ponto final!
Airton Reis, professor e poeta em Cuiabá-MT. airtonries.poeta@gmail.com