segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Acróstico nº 5527 Por Sílvia Araújo Motta

NOVO BANNER E LOGOMARCA - INSPIRAÇÃO NÃO NOS FALTARÁ


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Acróstico nº 5527
Por Sílvia Araújo Motta
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N-Novos caminhos para a Poesia!
O-O novo Banner e nova logomarca
V-Vejo pleno do verde da alegria...
O-O azul leva-nos a olhar o infinito!
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B-Belíssima Pomba tão branquinha
A-Assinala independência! O grito:
N-Nomeia a PAZ para quem caminha
N-Na Associação Internacional, no Brasil,
E-Eleva a Presidência em Campo Grande,
R-Representação em Mato Grosso do Sul;
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E-Em nosso blogspot, convite à divulgação!
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L-Levaremos esta Bandeira ao Mundo:
O-Os Poetas do Mundo, artífices do verso
G-Garantem ação e reação, só por amor:
O-O universo envia luzes a nosso favor!
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Belo Horizonte, 17 de fevereiro de 2014.

Artífices do Verso

Artífices do Verso

Azul anil: Pátria Brasil!
Verde colossal: Associação Internacional!
Cidade Morena. Poesia plena!
Presidente Delasnieve Daspet: Nossas asas, nossas penas!
Poetas Del Mundo: Antenas!
Ação e reação: Liberdade de expressão!
Bandeiras Estaduais tremulantes: Pepitas e diamantes!
Universo iluminado: Amor cultivado!
Flor e fruto: Estatuto!
Páginas desfolhadas: Vidas irmanadas!
Paz e cidadania: Concórdia e Harmonia!
Ordem do dia: Verbo poetizar!
Força, Beleza e Sabedoria: Humanizar!
Avante!
Vamos rimar!
Vamos remar!
Vamos realizar!
Airton Reis, vice-governador AIPOM-MT.

Cuiabá, 17 de fevereiro de 2014.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Pela ordem, a poesia!

Pela ordem, a poesia!

      Já nos ensinou Demóstenes que: “A prudência esclarecida é o princípio de toda a virtude; e a coragem encontra nela a perfeição. A primeira ensaia e escolhe o caminho, a segunda nela nos firma. E nas democracias, um dos mais nobres títulos, um dos numerosos direitos, a quem os homens devem firmemente ligar-se, é a liberdade de dizer de público as verdades, sem o menor obstáculo... A ninguém deve ser vedado o acesso às congregações do povo, nem tolhida qualquer liberdade no dizer. A Constituição que nos rege, nada tem que invejar de outros povos: Não as imita; antes lhes serve de modelo, porque seu fim é a utilidade da maioria e não da minoria. Todos são iguais perante as leis. Todavia, o saber, o talento e as virtudes não são as únicas coisas que estabelecem entre nós diferenças...”.
      Já nos disse Simon Bolívar que: “Se for verdade que o Estado pode suportar os infortúnios de seus membros, mas que estes não podem suportar os do Estado, claro está que nosso primeiro dever é nos congregarmos para defender o nosso direito... Tanto vale não ter idéias, como telas sem o talento de comunicá-las”.
     Assim é que, envoltos em redoma planetária diante do céu anil, nos tornamos associados da Associação Internacional Poetas Del Mundo em bem aventurada instalação em Cuiabá, em Mato Grosso, no Brasil. Cá estamos numa Capital, num Estado Federado, numa Pátria, num País, numa Nação.
     Chegamos para somar em poesia e realização. Cruzeiro do Sul em constelação. Palavras no horizonte da comunicação. Letras perpetuadas pela busca continuada da perfeição. Diretorias formadas. Diretrizes elencadas. Páginas e pegadas. Palavras iluminadas pela harmonia. Poesia. Pensamento e ação. Tempo e espaço cidadão. Humanidade em construção. Pátria dos obreiros. Estado dos celeiros. Cidade dos canteiros. Nossa missão? Edificar e colher! Nossa meta? Cultivar e florescer! Nosso objetivo? Frutificar sempre! Nosso ideal? Versejar em cultura! Nosso lema? Fomentar a literatura! Meio ambiente, fauna e flora. Educar sem esmola. Crianças, jovens e adultos. Pacificar sem demora. Nesta hora!
       Senhora presidente, Delasnieve Daspet, Senhora Governadora Sueli Batista, Membros da Diretoria, Convidados e Associados, Senhoras e Senhores, Leitores:
       A poesia se faz alada... Voa no vértice da Pátria Amada! Façamos parte dessa jornada! Prossigamos em caminhada. Ouçamos a chamada da inspiração. Avistemos nos versos o Universo em evolução. Alcancemos a luz do saber. Ampliemos a conjugação do verbo ser... Sejamos poetas irmanados em bem querer!
       Doravante, rotação e translação. Doravante, empenho e determinação. Doravante, constância e boa vontade. Doravante, excelência e qualidade. Doravante nosso Estado, nossa cidade, nossa família, nossa vida, nossa obra em tempo real, nossa missão existencial. Doravante a nossa Associação em prisma mundial. Declaramos aberto o nosso primeiro encontro organizacional. Que Deus ilumine-nos, unifique-nos e nos conduza pela seara do bem, do belo e do universal. Assim será!
Airton Reis, vice-governador da AIPOM-MT. 
Cuiabá-MT, 13 de fevereiro de 2014.


    

Descaminhos da lei...

Descaminhos da lei...

     São Luís do Maranhão: Cidadania em combustão. Complexo Penitenciário de Pedrinhas: Superlotação. Brasil incinerado pela legislação. Brasil abrasado pela desatenção. Olhos vendados diante da mesma Constituição. Direitos sem qualquer garantia. Deveres omissos na ordem do dia. Obrigações retaliadas pela mesma democracia.
     Crise que se alastra em mais de um Estado federado. Crime mais do que organizado. Criminosos, mandantes e executores. Horrores sem qualquer ficção. Temores da população. Desagravo institucional. Raízes de um mesmo mal. Liberdade ameaçada em tempo real. Igualdade estilhaçada por facção prisional.
     Ilhados em chamas. Aprisionados em lamas. Executados em artimanhas. Isolados em humanidade. Banidos pela calamidade. Atingidos pela crueldade. Realidade com mais de um agente infiltrado. Fatalidade com mais de um vitimado. Descaminhos em papel timbrado. Descaminhos em incumbências distorcidas. Vidas subtraídas. Vidas finadas. Vidas maculadas.
     Crianças incineradas. Corpos mutilados. Ônibus incendiados. Inocentes e culpados. Descalabros registrados. Desordeiros de um mesmo país continental. Herança política maldita transmitida de pleito em pleito eleitoral. Brasil em desterro social. Brasil em canteiro marginal. Brasil da insegurança institucional. Brasil do faz de conta governamental.
     Verdades retratadas além de qualquer comoção. Realidades maquiadas além das grades de uma prisão. Ai de ti Maranhão! Ai de vós maranhenses! Ai de nós brasileiras e brasileiros vivendo em suspenses! Ai de todos nós privados da segurança pública de cada dia. Ai de todos nós eleitores sem qualquer regalia.
     Descaminhos da lei sem qualquer poesia sentimental. Descaminhos da lei sem qualquer intervenção federal. Descaminhos da lei em nosso território nacional. Guerrilha mais do que urbana. Trincheira tombada da pátria republicana.
    Conosco a paz almejada. Conosco a palavra comprometida aquém de uma alvorada. Conosco a justiça certeira. Conosco os descaminhos da lei brasileira. Conosco uma bandeira tremulante. Conosco um mesmo destino errante. Conosco São Luís do Maranhão. Conosco um Hino em bis e refrão. Conosco um Brasão mais do que secular. Conosco mais do que uma facção criminosa em ação deveras contida. Conosco uma pátria deveras socorrida.
    Entre feras e feridas. Entre brutos e desalmados. Entre
inocentes e culpados. Entre civis e fardados. Entre bandidos livres e aprisionados. Entre bandos e bandoleiros armados. Ainda há tempo. Ainda há solução. Ainda há muito mais do que os muros e as grades de uma prisão. Ainda há muito mais do que um pelotão. Valei por todos nós brasileiros sob a égide de uma mesma Constituição!
Airton Reis, professor, poeta e embaixador da paz em Mato Grosso. airtonreis.poeta@gmail.com


Casa Barão de Melgaço: Presente!

Casa Barão de Melgaço: Presente!


      Centro Mato-Grossense de Letras: Contagem regressiva para o centenário de um organismo literário edificado de geração em geração. Doze intelectuais reunidos no ideal embrionário da Fundação. Doze novos sócios escolhidos em Comissão. Vinte e quatro patronos homenageados pela gratidão. Vinte e quatro membros efetivados e irmanados pela liberdade de expressão. 
       Sessão Magna de Instalação. 07 de setembro de 1921. Local: Salão Nobre do Palácio da Instrução. Hino da Independência em execução. Posse da primeira Diretoria. Discurso inaugural: Dom Francisco de Aquino Corrêa em “largas pinceladas” margeadas pela perfeição em maestria discursiva e gramatical.
      Primeiras letras lançadas em programa de ação institucional. Estudo da beleza em comunhão universal. “Comecemos com Deus!” – Disse o orador em exclamação inicial. Legenda sagrada em brasão: “Pulchritudinis astudium habentes”. Eclesiástico, 44, 6 por inspiração. “Nosso fim é cultivar as belas letras, que tão sugestivamente são chamadas boas letras... Através da beleza literária, a beleza moral da virtude e do caráter”. Continuou o orador em peroração...
      Na mesma Magna Sessão de Instalação, sinfonia, canto e coral em esplendida melodia. Piano, violino e sonetos orquestrados e declamados em sintonia. O Hino Nacional, em música e coro finalizaram a Ordem do Dia. Estavam lançadas as primeiras luzes sobre um sodalício erguido com comprometimento, com determinação e com galhardia.

      Com o passar dos anos, onze precisamente, o Centro Mato-Grossenses de Letras, em data de 07 de setembro de 1932, mais tarde fortalecido em sede própria, é elevado à categoria de Academia Mato-Grossense de Letras. Ergue-se um dos braços fortes da cultura mato-grossense, desde a sua nascente, irmanada conjuntamente com o Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, que fora fundado em 1º de janeiro de 1919.
      A partir de 23 de novembro 1930, por doação nos termos do Decreto nº 01, assinado pelo governador Antonino Menna Gonçalves, surge em 1936, na multisecular “Casa Barão de Melgaço” – (Construída entre os anos de 1775 e 1777, e que se tornou, a partir de 1843, o solar familiar do francês naturalizado brasileiro Almirante Augusto João Manoel Leverger, até a sua morte em 1880, e, depois passada por herança a D. Emilia Augusta Leverger até 1905, quando passou a ser propriedade da D. Catharina Augusta Leverger, e que por determinação do Presidente do Estado Estevão Alves Corrêa, o imóvel foi desapropriado como patrimônio histórico, em 14 de janeiro de 1926) * – a sede de duas instituições de cunho cultural e científico – Academia Mato-Grossense de Letras e Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, independentes e harmônicos entre si, e, que, igualmente, caminham em direção ao culto do belo e do universal.
     Hoje, a “Casa Barão de Melgaço”, situada na atual Rua Barão de Melgaço, Nº. 3.869, no centro histórico da capital Cuiabá, outrora Rua do Campo, depois de tardiamente restaurada e revitalizada, abriga em suas colunas muito mais do que um arquivo ou uma biblioteca nem sempre visitada. Abriga mais. Abriga as palavras que se tornaram o eco dos imortais que ali tiveram vez e voz. Abriga na mesma ampulheta do tempo, em trajetória continuada e veloz, as mais distintas e primorosas vertentes em veios literários aflorados, polidos e lapidados em pepitas e diamantes da língua portuguesa.
    Abriga ainda, além dos livros publicados, a nobreza dos acervos cultivados em nome da mesma beleza buscada nos primórdios da sua fundação. Abriga o ideal literário na partitura de um novo século iniciado pela tecnologia da informação. Abriga a alma dos sócios fundadores e dos seus respectivos sucessores a cada novel eleição. Abriga o espírito dos patronos das cadeiras ornamentadas pelo mesmo bis, pelo mesmo refrão. Abriga a cultura em letras mato-grossenses destinadas e perpetuadas em grandiosa missão.
      Participemos desse abrigo em mais de um instante em busca do conhecimento e do saber. Encontremos nesse abrigo o que nos assegura a essência do verbo ser. Perpetuemos e conservemos esse abrigo da sabedoria, da força e da beleza que nos impulsiona em direito, em obrigação e em dever. Façamos a nossa parte. Casa Barão de Melgaço: Presente em cultura, em ciência, em arte...
“Para conquistar o muito que fez e vem realizando, a Academia Mato-Grossense de Letras teve que palmilhar entre espinhos e abrolhos...”. Acadêmico José Ferreira de Freitas, Cadeira 32.
Airton Reis, professor, poeta e embaixador da paz em Mato Grosso. airtonreis.poeta@gmail.com

    ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL POETAS DEL MUNDO – MATO GROSSO PEDRA FUNDAMENTAL LANÇADA!

    ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL POETAS DEL MUNDO – MATO GROSSO
    PEDRA FUNDAMENTAL LANÇADA!

         Aqui nesta lendária Cuiabá, Capital eternizada em versos do Estado de Mato Grosso. Daqui deste Centro Geodésico da América do Sul. Diante das constelações brilhantes no firmamento do Planeta Azul. Muito mais do que uma Cidade Verde em vias do crescimento vertical acelerado. Muito mais do que os rios afluentes de um Pantanal ora seco, ora alagado. Várzeas dos nativos habitantes. Caminhos fluviais dos bandeirantes. Ouro de uma aluvião de abril. Fronteiras ampliadas do Brasil. Bandeiras alvissareiras da cidadania mundial. Flâmulas tremulantes da democracia nacional.
         Braço forte. Sul e Norte. Leste e Oeste. Volver e remar. Navegar e ancorar.  Escrever e rimar... Nascer, crescer, viver, perpetuar... Cultivar, colher, compartilhar... Letras e palavras edificantes. Polir e lapidar. Pepitas e diamantes.
         Embarcação literária em lemes e lumes seguros, promissores e iluminados. Continentes aproximados. Mãos unidas. Associados acolhedores. Senhoras e senhores:
         Terra à vista!
         Porto seguro da liberdade de expressão mais do que gramatical. Enseada acolhedora da comunicação virtual. Ilha da sabedoria universal. Cá estamos entrelaçados em ideal. Cá estamos movidos pela força da união fraternal. Cá estamos na terra desbravada por Paschoal Moreira Cabral. Desembarquemos em poesia no delta da humanidade em sintonia cordial. Avancemos irmanados pela arte no compasso ampliado do fazer cultural.
         Localizada na Rua com o nome de General (Valle). Instalada provisoriamente em Edifício com o nome de Marechal (Rondon). Presidida em prisma nacional. Governada pela competência associada à ética profissional. Fonte da moral ilibada em nível mundial. Com a Glória, a Graça e a Bênção do Pai Celestial, a Associação Internacional Poetas del Mundo em representação estadual formada. Viva a Pedra Fundamental lançada! Airton Reis, vice-governador - AIPOM-MT. Cuiabá-MT, 12 de fevereiro de 2014.

    Coração de José...

    Coração de José...
       Crônica quase em data natalina sem nada para comemorar. Naftalina em pastilha prescrita pela ordem parlamentar. Gosto amargo de uma condenação penal. Artéria obstruída em questão institucional. Válvula implantada por mais de um cirurgião de renome nacional. Passageiro da agonia algemado. Paciente mais do que acamado. Beliche de um prisioneiro acompanhado. Leito de um hospital especializado. Afastamento protocolado. Perda de um mandato ignorado. Invalidez permanente comprovada em atestado. Coração quiçá aposentado.
       Coração outrora aguerrido pela cidadania. Coração outrora combatente pela soberania. Coração doravante indigente da democracia. Coração doravante esquecido. Coração corrompido. Coração magoado. Coração aprisionado. Coração descompassado em cantos mil. Coração do político da pátria mãe em nada gentil. Coração do parlamentar julgado culpado. Coração do deputado custodiado. Coração enfartado em mais de uma ocasião. Coração cadenciado pela corrupção.
        Coração de José, sem rebanho e sem pastor. Coração de José, sem palanque e sem eleitor. Coração de José, submerso pelo mesmo desamor. Coração de José, antes representante mais do que popular. Coração de José, antes um porto mais do que partidário para ancorar. Coração de José, antes um rio piscoso para navegar. Coração de José, agora um mar de lamas para “chafurdar”. Coração de José, em pedras atiradas com destreza. Coração de José, em pedregulhos rolados na vazão de uma mesma correnteza.
          “E agora José?”. Perguntaria Drummond... E agora que o coração falha em circulação? E agora que o coração é a carne de uma mesma navalha em ação? E agora que o coração é o escudo de um mesmo peito? E agora que o coração é o sujeito simples em mais de uma oração? E agora que o coração é o predicado em uma mesma petição? E agora que o coração é o substantivo de uma arbitrariedade decretada? E agora que o coração é o adjetivo de uma lei remendada?
            Luz apagada. Papuda em temporada. Indulto natalino com direito a rabanada. Coração de José pulsa e aguarda mais do que as doze badaladas com data e hora marcada com precisão. Coração de José, em breve, uma página virada por mais de uma mão. Coração de José, mais do que um órgão outrora vital do mesmo “mensalão”. Pelo sim, pelo não, o coração de José continua em observação...
    Airton Reis, professor, poeta e embaixador da paz em Mato Grosso. airtonreis.poeta@gmail.com


    Os entes e o enteado...

    Os entes e o enteado...

          Entes públicos. Entes privados. Entes federados. Entes republicanos. Entes institucionalizados. Entes jurídicos. Entes econômicos. Entes sociais. Entes políticos. Entes culturais. Entes científicos. Entes tecnológicos. Entes ambientais. Entes administrativos. Entes urbanos. Entes rurais. Entes educacionais. Entes comerciais. Entes industriais. Entes esportivos. Entes interativos. Entes interligados. Entes associados. Entes elencados. Entes convergentes. Entes pertinentes. Entes dependentes. Entes resultantes. Entes edificantes. Entes estruturais. Entes essenciais. Entes concretos. Entes objetos. Entes projetos. Entes execuções. Entes obras. Entes mobilidades. Entes éticos. Entes probidades. Entes realizações.
          O enteado chamado Joaquim. O enteado vítima da violência doméstica sem fim. O enteado sem direito à infância em jardim. O enteado assassinado pela covardia. O enteado em agonia fatal. O enteado em ocorrência policial. O enteado, neto, filho, sobrinho e irmão. O enteado vizinho sem horizonte cidadão. O enteado paulista em compaixão. O enteado brasileiro em crime que clama solução.
         O enteado de uma nação constitucional. O enteado de uma pátria continental. O enteado de um Estado federado. O enteado de um município interligado além do poder central. O enteado de um país em crescimento dito acelerado. O enteado de uma família alvo de um padrasto viciado. O enteado de uma humanidade em estilhaço continuado.
          Quem te pariu é quem te embala. Quem te feriu é quem te cala. Quem te gerou é quem te protege. Quem te abrigou é quem te ama. Quem te educou é quem te ensina. Quem te privou é quem será culpado. Quem te matou é quem será julgado.
          Tempo passado registrado além de uma pia batismal. Tempo presente permeado pela mesma indignação nacional. Tempo futuro alicerçado em mais de um capítulo da mesma Constituição Federal. Ainda há tempo! Ainda há mais do que um ente simplesmente elencado. Ainda há mais do que o nome e do sobrenome de um enteado exumado. Avistemo-los!
    Airton Reis, professor, poeta e embaixador da paz em Mato Grosso. airtonreis.poeta@gmail.com


    Amar o amor

    Amar o amor

         Verbo conjugado em qualquer tempo verbal. Verbo narrado pela literatura mundial. Verbo procurado por todas as pessoas. Verbo do princípio da humanidade. Verbo da aurora da puberdade. Verbo do poente da melhor idade. Verbo da verdade investigada pela filosofia. Verbo do verso livre em cada poesia.
         Sujeito composto em sintonia espiritual. Sujeito simples por vezes complicado.  Sujeito indeterminado para muitas pessoas. Sujeito oculto para muitas vidas ignoradas em lastro constitucional.
         Predicado da paz mundial. Predicado da fraternidade universal. Predicado da igualdade racial. Predicado da solidariedade. Predicado da boa vontade sempre de prontidão. Predicado da bondade no compasso do Criador. Predicado da beleza no esquadro da criação. Predicado da força advinda do coração. Predicado da sabedoria do rei Salomão.
         Adjetivo da harmonia pela perfeição. Advérbio da simpatia. Substantivo da dedicação. Pronome possessivo da doação. Pronome demonstrativo da bem querência. Pronome relativo da convivência.
         Alegria da alma. Esplendor verdejante. Pulsar pujante Coração cadenciado. Sentimento alado. Firmamento estrelado. Afrodite grega. Vênus romana. Oxum africana. Beleza e harmonia. Natureza e fertilidade. Prazer e felicidade. Divindade mitológica. Matriz biológica. União multiplicadora da vida compartilhada. Razão da família estabilizada em lar. Oração subordinada à fé milenar. Oração coordenada da caridade sem fronteira. Oração da esperança cultivada em sementeira. Oração da temperança no exercício do perdão. Oração da graça pela reconciliação.
         Amar o amor com todas as letras pronunciadas e traduzidas além da língua portuguesa. Amar o amor em todas as existências floridas e frutificadas pela mesma luz solar em magnitude e grandeza. Amar o amor na essência da sua natureza sentimental. Amar o amor direcionado ao próximo necessitado do pão espiritual de cada dia. Amar o amor na partitura da celestial melodia.
         Amar o amor em todos os quadrantes navegados. Amar o amor em todos os seres criados à imagem e semelhança da perfeição. Amar o amor em cada sorriso ocasionado pela honestidade. Amar o amor em cada olhar emoldurado pela sinceridade. Amar o amor em cada pétala orvalhada pela saudade. Amar o amor com toda a intensidade, com toda a freqüência, com toda a dedicação...
         Amar o amor que germina o trigo e faz o pão. Amar o amor que irriga a artéria de emoção em emoção. Amar o amor que nos identifica como filhos e filhas de uma mesma Eva, de um mesmo Adão. Amar o amor que nos livra das trevas e nos concede a Salvação do Redentor da Humanidade. Amar o amor aqui, agora e por toda a eternidade. Assim seja!

    Airton Reis é poeta em Cuiabá-MT. airtonreis.poeta@gmail.com

    Era uma vez Josué...

    Era uma vez Josué...
         “Por Deus! Não é só o amor à arte que falece nesta terra, é também o amor ao próximo”. (Machado de Assis – “Crônicas”).
          Algozes investidos pela selvageria humana. Manchete de jornal reincidente na mesma pátria republicana. Calamidade existencial mais do que urbana. Familiaridade profana e profanada. Infância maculada. Criança destinada ao padecimento sem qualquer socorro emergencial. Chapeuzinho Vermelho e o mesmo lobo mau. Conto em faz de conta mais do que social.
          Era uma vez uma criança nascida chamada Josué. Era uma vez uma criança nascida em lar sem fé. Era uma vez uma criança nascida indefesa. Era uma vez uma criança nascida sem o berço de qualquer realeza. Era uma vez uma criança nascida num beco sem saída. Era uma vez uma criança nascida de uma maternidade adormecida. Era uma vez uma criança nascida de uma paternidade assinalada pela covardia desmedida.
          Era uma vez uma criança nascida sem direito a qualquer cidadania dita civilizada. Era uma vez uma criança nascida de uma gestação conturbada. Era uma vez uma criança nascida com a hora marcada pelo instinto brutal. Era uma vez uma criança nascida com os dias contados para o retorno à pátria espiritual. Era uma vez uma criança assassinada em plenitude existencial.
          Mordidas e traumatismo craniano comprovado em laudo médico assinado. Dentadas de uma arcada em corte afiado. Corpo lançado ao chão. Fúria sem qualquer delação. Ferimentos continuados sem nenhuma salvação. Sentimentos isentos de qualquer candura. Coração silenciado nas profundezas de uma sepultura.
          Josué em epitáfio censurado nas páginas de uma mesma literatura. Josué em espiral movido pela agonia de uma vida repleta de amargura. Josué em via escura. Josué em viés remendado. Josué em desenlace conturbado. Josué: Doravante alado. Josué: Doravante diante do mesmo Mandamento isento de todo e qualquer pecado.
          Josué em outro tempo cronometrado pelo verbo amar. Josué em outra dimensão estelar. Josué na partitura de uma canção sem nenhum ninar. Josué reconduzido ao verdadeiro lar. Josué iluminado em outro despertar. Josué nem tão próximo e nem tão distante. Josué nem tanto filho e nem tanto infante. Josué doravante nos braços do Pai e Criador. Josué doravante livre e distante de qualquer dor. Josué doravante integrante do rebanho conduzido pelo Bom Pastor.
          Josué: Ide em direção a paz eterna e celestial! Josué: Perdoai-nos pela falência do sentimento mais do que fraternal! Josué: Deus contigo, doravante tornou-te anjo imortal!
    Airton Reis, professor, poeta e embaixador da paz em Mato Grosso. airtonreis.poeta@gmail.com


    quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

    Nelson Ordem Mandela

    Nelson Ordem Mandela        
           Rolihlahla Dalibhunga Mandela (1918-2013). Ordem em expressão mundial. Ordem em liderança humanitária. Ordem em paz sem fronteira. Ordem em liberdade reluzente. Ordem em justiça imparcial. Ordem em democracia lapidada. Ordem em cidadania ampliada. Ordem de Mérito do Reino Unido. Ordem do Canadá. Ordem da Austrália. Ordem do Serafim. Ordem do Infante Dom Henrique. Ordem da Liberdade. Ordem de St. Jonh. Medalha da Liberdade. Bharat Ratna.
           Nobreza tribal. Nome de Nelson dado pela professora no primário, em homenagem ao almirante inglês Horatio Nelson. Estudante e advogado. Réu, foragido e prisioneiro. Político mais do que passageiro. Presidente da reconstrução. Força pela união. “Amandia!” (Poder!), gritava Mandela. “Awethu!” (Para o povo!), respondia a multidão.
           Reconciliação. Oprimidos e opressores. “Ninguém nasce odiando uma pessoa por causa da cor da pele, da sua origem ou da sua religião. Para odiar, é preciso aprender. E, se podem aprender a odiar, as pessoas também podem aprender amar”, Mandela em lição transmitida além da língua portuguesa. Mandela em sabedoria. Mandela em força. Mandela em beleza.
           Prêmios, livros, biografias, documentários, filmes, quadrinhos, cartuns. Palmas e louros. Reconhecimento e gratidão. Justa homenagem. Perfeita condecoração. Nelson Mandela em mais de uma tradução. Nelson Mandela em mais de uma nação. Nelson Mandela em mais de um parlamento. Nelson Mandela em mais de um tribunal. Nelson Mandela em mais de um poema fraternal. Nelson Mandela em mais de um instante de liberdade. Nelson Mandela no panteão da igualdade.
           Nelson Ordem Mandela em prosa e verso. Eternidade! Nelson Ordem Mandela em prece e em oração. Nelson Ordem Mandela no coração de um continente irmão. Esplendor! Nelson Ordem Mandela na morada do manso, no solar do pacificador. Nelson Ordem Mandela nos braços do Pai e Criador. Nelson Ordem Mandela nas asas do amor. Glória! Graça! Louvor!
    Airton Reis, professor, poeta e embaixador da paz em Mato Grosso. airtonreis.poeta@gmail.com