quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Eduardo Campos: Chamado e escolhido!

      Em definitivo, Deus é brasileiro na alegria e na tristeza. Deus é fortaleza dos fracos e de qualquer realeza. Deus traça, projeta e executa. Deus modela, desbasta e apara. Deus une e separa. Deus ampara, conforta e auxilia. Deus oriente e guia. Deus revela ao iluminar. Deus eleva com justiça e com perfeição. Deus exalta os mansos de coração. Deus é reinado, assim na Terra como no céu. Deus é igualdade antes de ser semelhança. Deus é bondade em aliança confirmada de geração em geração. Deus é promessa de ordem e progresso de uma Pátria, de um País e de uma Nação. Deus é presença além do mundo cristão.
     Em Deus, encontramos a salvação. Por Deus, vivemos em concórdia e união. De Deus, o mistério do Criador. Com Deus, a força do amor. Para Deus, a beleza da vida eterna. Aonde há Deus, há a humanidade fraterna. Dele, a misericórdia e o perdão. Nele, a Glorificação. Benditos os que foram chamados pela mesma Luz. Louvados os que venceram as trevas da ignorância e da hipocrisia. Bem aventurados são os que vestiram e os que vestirão a camisa da democracia.
     Eduardo Campos da camisa convocada além de um gramado ou de uma autarquia. Camisa numerada. Camisa suada. Camisa de manga dobrada. Camisa alvejada. Camisa de campanha eleitoral interrompida pela fatalidade. Camisa de quem defendeu o país das arbitrariedades costumeiras em mais de um rincão. Camisa de quem combateu nas trincheiras da liberdade de expressão. Camisa de quem pretendia governar para banir a corrupção. Camisa ilibada em ética. Camisa costurada pela moral. Camisa de um nordestino destinado a representar o povo brasileiro em mais de uma causa social. Camisa de um migrante em revoada celestial. Camisa de um candidato ao Governo Federal.
     Vai Eduardo Campos, vai! Vai ser na espiritualidade o paladino das pendências de uma pátria repartida em partidos de última hora. Vai de encontro ao Alto da Compadecida da Nossa Senhora. Vai confiante do dever cumprido. Vai certeiro da estima e da consideração de um povo sofrido. Conosco, a luta pela democratização nacional continuará em todos os quadrantes da aquarela chamada Brasil. Conosco, o seu exemplo civil servirá de escudo e quiçá de lança. Conosco, a esperança da mudança. Conosco, a sua lembrança em pupilas azuladas. Conosco, as luzes de uma vitória antecipada.
     Hoje, o céu em cantares com a sua chegada. Hoje, uma estrela no firmamento da pátria enlutada. Hoje, o seu nome no Livro da Vida de quem ganhou a imortalidade antes de qualquer urna apurada. Amanhã, a história republicana recontada além de um Pavilhão. Amanhã, sepultaremos o seu corpo e encomendaremos a sua alma à Morada dos Mansos e dos pacíficos em qualquer ocasião. Por hora tristeza, condolência e oração. Convosco a Paz de Cristo, nosso Mestre, nosso Irmão!
Airton Reis, professor e poeta em Cuiabá-MT.

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