quarta-feira, 8 de maio de 2013

Comentários e comentados


Comentários e comentados
      Está não é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com fatos, pessoas ou personalidades políticas não é mera semelhança. É indignação!
      Fontes de um mesmo regato. Nascentes de uma mesma vazão. Cascatas de uma mesma corredeira. Águas de outra cachoeira. Árvores tombadas em mais de uma clareira. Eiras de uma antiga beira. Telhas de um telhado remendado. Goteiras de um recinto infiltrado. Bico calado. Papas nas línguas. Cartolas ou coringas? Mágica ou jogatina? Esgoto a céu aberto ou latrina? Ventilador ou aspirador ligado? Lebre, cotia ou gato? Dedos no mesmo nó.
      Coelhos no mato. Armadilhas armadas. Fim das picadas. Começo das cenouras colhidas na mesma horta irrigada. Ração trocada por espigas de um sabugo mais do que falante. Poderes aquém de um ser ruminante. Ratoeiras de metal. Veneno letal. Pragas infestadas. Dedetizações anunciadas. Casas infestadas. Palácio de cristal. Voz do povo. Voz de Deus. Vez do ovo de ouro. Mapa falseado do mesmo tesouro. Ninho da galinha carijó.
      Fábula em nada francesa. Bife à milanesa. Pizza com bordas crocantes. Desfechos impactantes. Despropósitos institucionalizados. Trocados da mesma treta. Lama da mesma sarjeta. Bueiro entupido. Zumbido estridente. Asas azaradas. Cartas marcadas. Boladas repassadas. Contas devassadas. Fortunas acumuladas. Mãos sorrateiras. Entradas da mesma roubalheira. Desvios da mesma bandalheira. Pobreza e riqueza do mesmo Jó.
      Pátria das chuteiras e das bolas. País das “carteiradas” e das caraminholas. Nação das bolsas e das esmolas. Estado das mesmas corriolas. Pedintes e contribuintes. Parlamentares e constituintes. Indigentes e afortunados. Trabalhadores e apadrinhados. Colarinhos engomados. Contratados e escravizados. Analfabetos funcionais. Letrados e tribunais. Negociatas e negociados. Bezerros desmamados. Empossados e afastados. Eleitos e suspeitos. Tetas e muretas. Pás e picaretas. Trilhos, trilhas e debandadas. Dama, dardo e dominó. Bozó, xadrez e xilindró...
          E agora Zé Arigó? Antes só ou mal acompanhado? Inocência ou culpa no mesmo emaranhado? Bicho de pé ou bicho carpinteiro? Chulé ou café pingado no mesmo vespeiro? Mosca ou moscatel? Marimbondo ou mariposa? Lobo ou raposa? Cordeiro ou picadeiro sem lona? Coma ou comida de leão? Rei morto, rei posto, ou, mais de uma confabulação?
      Com a palavra, os mandatários de plantão. Com a Lei, a égide da mesma Constituição. Salvo conduto ou salva vidas? Chagas das mesmas feridas ou chacotas das mesmas intrigas? Migalhas dos mesmos banquetes ou rabanetes ralados? Brioches recheados! Eleitoras e eleitores mais uma vez usados e abusados. Leitoras e leitores deveras mais do que bem informados.
      Salve a justiça! Vida longa a perfeição! Fim da impunidade advinda da mesma realidade sem qualquer ficção. Pelo sim, pelo não, viva continuará a liberdade de expressão. Comentários e comentados além de uma página de opinião. Leia você também. Saibamos todos quem é quem. Assim seja. Amém!
Airton Reis, professor e poeta em Cuiabá-MT. airtonreis.poeta@gmail.com

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