segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Cáceres-MT: Futuro embrulhado para presente

     Papel metalizado. Laço de fita acetinado. Mimo embalado. Lembrança de um reduto eleitoral ignorado. Caixa de papelão reciclado. Vila em passado ilustrado. Marco histórico assentado. Município estagnado. Fronteira internacional. Porto do Pantanal. Meandro abandonado da Floresta Tropical. Cáceres terra natal. Cáceres, paisagem natural. Cáceres, poesia regional. Cáceres, parlamento estadual. Cáceres, diocese cristã. Cáceres conquista cidadã.
     Festa da democracia popular. Motivos para comemorar. Convidados e penetras diante do verbo legislar. Fome continuada de poder. Nome e sobrenome do dever. Famintos e saciados. Eleitos e empossados. Eleitores deveras empenhados. Clamores institucionais irmanados. Indicadores ambientais observados. Núcleos educacionais ampliados. Patrimônios históricos tombados. Uma cidade hospitaleira. Uma região mato-grossense. Uma terra brasileira. Uma classe social mais do que determinante. Um postulado político deveras representante.
     Bandeiras tremulantes. Cadeiras disputadas. Causas públicas postergadas. Vidas relegadas. Mais de uma Praça. Mais de um pracinha. A mesma valorosa e vigilante Marinha. O mesmo Batalhão. O mesmo GEFRON. A mesma ponte de um Progresso ampliado. O mesmo Oeste alijado do desenvolvimento dito sustentado. O mesmo povo esquecido. A mesma migalha de pão amanhecido. A mesma Ordem constitucional. Outras promessas esquecidas pelo governo estadual. Outros reclames emergenciais ecoados no Congresso Nacional.
     Oh, Cáceres do tempo passado glorioso e valente. Oh, Cáceres do tempo presente decadente. Oh, Cáceres do tempo futuro emergente. Oh, Cáceres de geração em geração. Oh, Cáceres de mão em mão. Oh, Cáceres de boca em boca. Oh, Cáceres de mazela em mazela. Oh, Cáceres em eterna sentinela. Oh, Cáceres em perpétuo Pavilhão. Oh, Cáceres em bis e refrão. Oh, Cáceres em verso que se faz melodia. Oh, Cáceres no reverso da Democracia. Oh, Cáceres nos lamentos de uma cidadania. Oh, Cáceres da liberdade nunca tardia. Oh, Cáceres da igualdade na Ordem do Dia.
      Cáceres princesinha do tempo imperial. Por ti, uma poesia advinda da inspiração casual. De ti, a nossa genealogia perpetuada em pia batismal. Contigo a nossa cantoria mais do que musical. Conosco o seu Hino, a sua Bandeira e o seu Brasão Municipal. Nesta eleição, transferimos o nosso título para a Capital. Todavia, na urna confirmaremos convictos por sua redenção política, econômica e social. Não migramos por deserção. Não fazemos rimas por distração. Queremos, por direito, por dever e por obrigação a sua inserção neste Estado federado. Estaremos sempre de prontidão por sua redenção antes, durante e depois de um pleito eleitoral informatizado. Continuamos seu filho aquém de um voto confirmado.
      No mais, Grande Cáceres, feliz aniversário em versos antecipados. No dia 6 de outubro, os nossos votos comemorados: Adriano Silva e Túlio Fontes, eleitos e futuramente empossados. Assim será! Com as bênçãos do Padroeiro São Luis, a nossa Cáceres das cinzas ressurgirá! Cuiabá-MT, 26 de setembro de 2014. Airton dos Reis Júnior, que assina Airton Reis.

Airton Reis, professor e poeta em Cuiabá-MT. airtonreis.poeta@gmail.com

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