segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Quando o Poder é querer?

      Queremos liberdade? O Poder é constitucional. Queremos igualdade? O Poder é institucional. Queremos probidade? O Poder é temporal. Queremos ordem? O Poder é regimental. Queremos progresso? O Poder é maioral. Queremos representatividade? O Poder é republicano. Queremos moralidade? O Poder é representação. Queremos probidade? O Poder é fiscalização.
      Queremos saúde? O Poder diz não. Queremos segurança? O Poder é insatisfação. Queremos educação fundamental? O Poder é displicente. Queremos casa e comida? O Poder é ineficiente. Queremos trabalho, emprego e renda? O Poder é fenda. Queremos cultura e arte? O Poder é parte. Queremos esporte e lazer? O Poder é dever. Queremos a infância matriculada? O Poder é conto de fada. Queremos a melhor idade assistida? O Poder é novela repetida. Queremos a violência contida? O Poder é ribalta nem sempre iluminada.
      Querer a corrupção banida. Querer a ética aplicada. Querer a clareira contida. Querer a planície inundada. Querer o planalto além de uma alvorada. Querer a pátria idolatra em cantos mil. Querer a República Federativa do Brasil. Querer a cacimba com água. Querer a panela com mistura. Querer a escola em franca atuação. Querer o transporte coletivo de qualidade. Querer a paz no campo. Querer a pacificação em toda e qualquer cidade. Querer a oportunidade. Querer a integração. Querer o fim da inflação galopante. Querer a lisura de todo governante e de qualquer legislador. Querer ser eleitor. Querer ser postulante. Querer ser cidadão. Querer menos circo. Querer mais pão.
      Quando o Poder é o querer de uma Nação? Quando o Poder é o querer de uma Pátria em formação? Quando o Poder é o querer de uma família de geração em geração? Quando o Poder é o querer de uma classe política dissimulada? Quando o Poder é o querer de uma sociedade dissociada? Quando o Poder é o querer de uma urna apurada? Quando o Poder é o querer de uma eleição capitalizada? Quando o Poder é o querer tornar a casa arrumada? Quando o Poder é o querer advindo da inovação? Quando o Poder é querer encontrar a solução?
      Quantos os dedos de uma mesma mão? Quantos os segredos de justiça em mais de uma delação? Quantos os criminosos em continuado plantão? Quantos os ramos frutificados da enganação? Quantas as balas disparadas numa mesma perdição? Quantas as falas ensaiadas em mais de um canal de televisão? Tudo bem. Tudo zen. Tudo azul. Tudo superficialmente retratado. Tudo medido. Tudo recortado. Tudo alinhavado. Tudo por costurar. Tudo para provar. Tudo por acontecer. Tudo para prover. Quando o Poder é querer, tudo pode mudar. Quando o Poder é querer, tudo pode realizar. Quando o Poder é querer, nada pode deter a conjugação do verbo edificar. Vamos rever: Conceitos e valores. Vamos querer: Governantes e legisladores!
Airton Reis, professor e poeta em Cuiabá-MT. airtonreis.poeta@gmail.com


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